Sem dúvidas, o ginecologista é o profissional que mais conhece a intimidade feminina. Mas, para muitas mulheres, também é essencial confiar em uma outra especialista: a depiladora. Cada vez mais moças aderem à depilação íntima, que vai muito além da púbis e deixa a região da vulva e do ânus livre de qualquer pelo. Normalmente feita com cera quente, o que torna o processo doloroso e muitas vezes temido, hoje também é possível utilizar cremes depilatórios e até o laser.
Mas será que fazer depilação íntima é perigoso para a saúde? Segundo a dermatologista Silvia Zimbres, da Doux Dermatologia, desde que feita da forma adequada, não há nenhum problema. “O ideal é que seja feita uma boa higienização antes de qualquer método depilatório, uma vez que a região possui naturalmente um maior número de bactérias”, explica a médica. No caso do uso de cera, dois cuidados são essenciais: certificar-se que o produto é descartável, sem possibilidade de ter sido reutilizado, e que a aplicação será feita com cera morna.
Com 40 unidades no eixo Rio-São Paulo e mais de 600 profissionais treinadas, a rede Pello Menos realizada cerca de 50 mil depilações íntimas mensalmente. De acordo com Regina Jordão, fundadora da empresa, no verão este número pode aumentar em 25%, o que faz com que a rede crie inclusive promoções específicas para quem faz este tipo de depilação.
“Após a depilação com cera, é possível minimizar a agressão com uso de géis calmantes à base de aloe vera”, afirma a Dra. Silvia Zimbres. Já no pós-laser, o dermatologista pode recomendar o uso de cremes corticóides para aliviar qualquer incomodo. Em relação aos cremes depilatórios, é preciso aplicar apenas os produtos indicados para esta região, a fim de minimizar riscos de irritação no local. Depois da depilação, não é recomendado contato sexual por pelo menos 24 horas, já que a pele fica sensível. “A depilação intima só deve de fato ser evitada se houver qualquer ferida prévia no local”, alerta a médica.
Tire suas dúvidas:
Depilação íntima na região anal provoca hemorróidas?
O problema tem outras causas, que podem ser genéticas ou por doenças no trato intestinal. De qualquer forma, é importante avisar à depiladora sobre a tendência a hemorróidas, para que o cuidado na aplicação seja ainda maior.Há problemas em depilar-se no período menstrual?
Muitas mulheres alegam sentir mais dor nesta época do mês, logo a depilação acaba não sendo aconselhada, mas não proibida.Existe algum risco para a saúde na depilação íntima?
Pelo contrário: a ausência de pelos minimiza o risco de acúmulo de resíduos na região. A prática já é considerada um cuidado de higiene pessoal.Podem ser usados analgésicos para aliviar a dor?
O ideal é avaliar caso a caso com o especialista escolhido para a depilação.Qual a frequência ideal para realizar a depilação íntima?
Depende do crescimento dos pelos, que tendem a ficar mais ralos e finos com as sessões. No caso da depilação com cera, em média a cada 30 dias já é possível fazer uma nova aplicação.Isabelle Lindote - 23 de Feb de 2011, 6:25 PM UTC
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