quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

RJ ganha primeiro tomógrafo para obesos


A  rede pública de saúde do Rio de Janeiro ganhou um tomógrafo destinado a pessoas com até 320 quilos. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio, é o primeiro tomógrafo do país, tanto na rede pública quanto em hospitais privados, destinado a obesos.

O equipamento ficará no Hospital Estadual Carlos Chagas, na zona norte da capital fluminense, que é referência em cirurgias bariátricas (de redução do estômago), e que já operou mais de 200 pacientes em um ano.

A Secretaria de Saúde estima que, com o novo equipamento, cerca de 2 mil exames serão realizados por mês. Antes, os pacientes com mais de 180 kg faziam os exames em tomógrafos de uso veterinário, localizados no Jóquei Clube do Rio de Janeiro.

De acordo com o responsável pelo programa de cirurgias bariátricas, o médico Cid Pitombo, com o novo aparelho será possível fazer um exame detalhado do paciente antes e depois da operação, reduzindo riscos do procedimento cirúrgico.

“No raio X comum ou no ultrassom comum é difícil ter um estudo adequado desse paciente. Então, com o tomógrafo, você consegue fazer uma boa avaliação tanto no pré quanto no pós-operatório do paciente portador de obesidade”, disse.

O tomógrafo, que faz um exame completo em apenas 14 segundos, custou R$ 1,59 milhão.
Estadão

EUA investigam fórmula infantil após infecção em bebês


Um terceiro bebê americano teve resultado positivo para uma infecção que já deixou outra criança doente e provocou a morte de uma terceira. Os casos geraram a investigação em fórmulas infantis, entre elas a Enfamil, produzida pela Mead Johnson Nutrition Co.

A porta-voz dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, Barbara Reynolds, confirmou que um bebê de Oklahoma tem Cronobacter, bactéria que pode causar uma doença rara em recém-nascidos, encontrada no alimento infantil. O bebê não consumiu a fórmula Enfamil. O menino, que tem um mês de vida, foi tratado e já recebeu alta do hospital.

Trata-se do terceiro caso de Cronobacter nas últimas semanas, logo que um bebê do Missouri morreu e outro, que se recupera em Illinois. Em ambos foi confirmada a presença da bactéria.

O recém-nascido de Missouri, com dez dias de vida, havia ingerido a fórmula Enfamil Premium, enquanto o do Illinois tomou várias marcas, incluindo essa.

Estabelecimentos como o Wal-Mart suspenderam a venda do Enfamil, embora a investigação federal ainda não esteja concluída. Até agora, não foi encontrada uma associação entre as doenças e a fórmula infantil.

As autoridades de saúde estão avaliando embalagens abertas da fórmula e da água destilada usada para alimentar o bebê.

Também estão investigando garrafas e latas fechadas do lote retirado da família, do hospital e do supermercado Wal-Mart, onde foi adquirido.

As autoridades não revelaram as demais marcas que estão em investigação. A Mead Johnson ressaltou que fez uma reavaliação nas amostras da fórmula em pó Enfamil Premium e concluiu que o produto é seguro.

Estadão

Hemocentros do interior de SP pedem socorro


Hemocentros do interior de São Paulo estão com os estoques de sangue reduzidos. Em Araçatuba, Presidente Prudente, Jaú e São José do Rio Preto, os centros, que atendem mais de 200 municípios, estão recorrendo aos meios de comunicação para pedir doação aos moradores. O objetivo é recuperar os níveis do estoque e evitar que cirurgias eletivas sejam adiadas no início do ano por falta de sangue.
Em Jaú, o estoque do Hemonúcleo Regional, está 40% abaixo do nível mínimo. "Nosso estoque é suficiente apenas para um dia", diz o coordenador técnico da unidade, Francisco Martins da Costa Filho. O hemonúcleo de Jaú é responsável pela distribuição de sangue para 11 hospitais de nove municípios da região. "Se a situação continuar como está, vamos ter de suspender cirurgias eletivas em janeiro", disse. A última vez que cirurgias tiveram de ser suspensas por falta de sangue em Jaú foi em julho de 2010, quando os estoques quase zeraram.
No hemocentro da Santa Casa de Presidente Prudente, o estoque de sangue está 50% abaixo do normal. O centro é responsável pelo abastecimento de sangue do SUS nas unidades de saúde de 46 municípios da região. "É uma semana difícil, pois nossos estoques estão muito baixos; precisamos de todos os tipos de sangue", diz a agente captadora Maristela Dutra. "Esperamos que nossos pedidos nos meios de comunicação sejam atendidos para que não precisemos no começo do ano suspender cirurgias", diz.
No hemocentro de Araçatuba, responsável por 42 municípios, o estoque está 15% abaixo do nível de segurança. "Estamos precisando de doadores de todos os tipos, mas a falta maior é dos tipos O negativo e positivo e A negativo. Por isso, estamos fazendo apelos aos doadores na imprensa", diz a agentes de captação Aline Durante de Andrade Fernandes. "Temos receio de que possa acontecer um grande acidente e não termos estoque suficiente de sangue", diz.
Responsável pelo abastecimento de sangue de 37 hospitais, o hemocentro de São José do Rio Preto, vive um "período crítico", segundo a captadora Luciana Ferreira. O estoque do centro está 15% abaixo do nível de segurança, por isso, malas diretas estão sendo enviadas para os doadores alertando sobre a situação. "Desde antes do Natal estamos indo aos meios de comunicação pedir ajuda, mas esta época em que a maioria dos doadores está viajando e os estoques ficam reduzidos", diz.
Estoque normalizado em Ribeirão
Um dos maiores hemocentros do País -possui 10 unidades de captação e atende mais de 200 hospitais no Estado--, o Hemocentro do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, não enfrenta problema de estoque de sangue, que está normalizado. O centro, mantido pela Universidade de São Paulo (USP), antecipou a campanha de Natal recolhendo doações no começo de dezembro, que serão suficientes para abastecer o consumo até o começo do ano. "Em janeiro iniciamos a campanha de verão e assim conseguimos suprir o consumo do final do ano", diz a analista de comunicação Andrea Tomas.
Estadão

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

SP convoca mães para garantir estoque de leite humano nos hospitais


Por conta das festas de fim de ano, as doações de leite humano diminuem cerca de 50% e para garantir um bom estoque para os bebês prematuros internados em hospitais, a Secretaria de Saúde do Estado convoca as mães em período de amamentação para doar leite humano. A lista completa pode ser consultada no site http://www.redeblh.fiocruz.br, por meio do link "Encontre o BLH mais próximo de você". 
Alimento tem a qualidade e a concentração adequada de nutrientes para os recém-nascidos - Tasso Marcelo/AE
Tasso Marcelo/AE
Alimento tem a qualidade e a concentração adequada de nutrientes para os recém-nascidos
Segundo a coordenadora do banco de leite da maternidade estadual Leonor Mendes de Barros, Andrea Penha Spínola Fernandes, o consumo médio de leite no hospital é de 140 litros por mês, mas, em dezembro, por enquanto, a quantidade de doações não ultrapassou os 60 litros.
Atendendo a algumas regras, qualquer mulher que tem sobra de leite materno pode colaborar muito com o banco de leite. O leite materno é fundamental para que as crianças prematuras se desenvolvam e ganhem resistência à doenças.
O alimento é considerado ideal por ter a qualidade e a concentração adequada de nutrientes para os recém-nascidos.
Normalmente, as mães dos bebês internados não conseguem produzir leite em quantidade suficiente pela falta de estímulo, pois o bebê não tem condições de sugar, e por fatores emocionais, já que seus filhos estão internados.
Como funciona a doação
Pode ser doadora, toda mulher que esteja amamentando seu filho exclusivamente com leite materno e que ainda assim apresente sobra do alimento. As doadoras ainda precisam estar saudáveis e não podem estar consumindo medicamentos.
Normalmente os bancos de leite oferecem serviços de busca em domicílio e, além de oferecerem orientação para a melhor forma de ordenha e armazenamento do leite, também costumam disponibilizar um kit (com gorro, máscara e frascos de armazenamento) para a alta qualidade do alimento doado.
Estadão

EUA alertaram sobre próteses de silicone da marca francesa PIP em 2000

Desde 2000 as autoridades sanitárias dos EUA alertam para os riscos das próteses mamárias da marca francesa PIP, que levaram quase dez anos para serem investigadas na Europa e agora estão no centro de um escândalo mundial.

Em maio de 2000, a Administração de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA) enviou um investigador para inspecionar a fábrica da empresa Poly Implant Prothèse (PIP) em La Seyne Sur Mer, no sul da França. Logo depois, a FDA enviou uma carta ao fundador da empresa, Jean-Claude Mas, alertando que os implantes estavam "adulterados" e citando pelo menos 11 irregularidades.
O problema tinha a ver com os implantes salinos, um produto diferente das próteses de silicone que o governo francês retirou do mercado em 2010 por conter silicone de uso industrial, em vez da versão médica. A PIP faliu depois disso.
Na semana passada, o governo da França orientou usuárias das próteses de silicone da PIP a retirarem-nas cirurgicamente, já que esses implantes apresentam risco elevado de se romperem. Grã-Bretanha, Brasil e outros países também recomendaram que as usuárias procurem seus médicos.
Embora o produto citado na carta da FDA fosse diferente, a fábrica inspecionada era a mesma que fazia as próteses de silicone.
Não se sabe por que o alerta norte-americano não levou as autoridades da França ou de outros países a prestarem mais atenção à PIP. O FDA e as autoridades reguladoras da saúde na França não explicaram na segunda-feira se o alerta de 2000 foi compartilhado entre os governos, embora a carta fosse pública já naquela época.
Até agora, não houve punições pela adulteração, mas fontes disseram que um tribunal de Marselha pode iniciar em breve processos por fraude contra quatro a seis ex-funcionários da PIP.
Além disso, a morte de uma mulher vítima de câncer, no ano passado, está sendo investigada na França como homicídio culposo. A mulher usava próteses PIP, mas não há provas de que os implantes adulterados elevem o risco de câncer.  
O advogado de Mas, Yves Haddad, disse à Reuters na segunda-feira que seu cliente, de 72 anos, está mal de saúde, sem conseguir andar por causa de uma cirurgia recente, mas tem condições de cumprir intimações judiciais. Ele negou que Mas esteja foragido, e reiterou que o cliente se encontra na região de Var, no sul da França.
Depois de conversar com o advogado, a Reuters tentou sem sucesso voltar a falar com ele para que comentasse a carta da FDA.
Estima-se que 300 mil mulheres no mundo todo usem as próteses de silicone PIP. Não foi possível verificar imediatamente a quantidade de mulheres que usam os implantes salinos.
Estadão

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Regressão de câncer de Lula faz médicos descartarem cirurgia

SÃO PAULO - O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva reagiu acima do esperado aos dois ciclos de quimioterapia e não precisará ser submetido a uma cirurgia, hipótese que não era totalmente descartada pelos médicos. A informação é da equipe médica que trata do petista, em coletiva de imprensa realizada no final da tarde desta segunda-feira, 12, no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista.

O ex-presidente foi submetido a uma bateria de exames na tarde desta segunda para avaliar a eficácia do tratamento. Os exames mostraram que o tumor diagnosticado em outubro na laringe do petista sofreu uma redução de 75% em relação ao seu tamanho inicial, de três centímetros de diâmetro.
A regressão, segundo o oncologista Artur Katz, excedeu a expectativa da equipe médica. "O tratamento atingiu todos os objetivos que podíamos imaginar, e teve bastante sucesso", afirmou o oncologista Paulo Hoff. O cirurgião de cabeça e pescoço Luiz Paulo Kowalski frisou que uma cirurgia está "totalmente descartada".
O ex-presidente passou por uma tomografia, uma ressonância e uma laringoscopia, além de um PET-Scan para avaliar os efeitos dos ciclos de quimioterapia. O cardiologista Roberto Kalil Filho, médico pessoal de Lula, informou que durante a manhã o ex-presidente estava bastante apreensivo. "E o resultado foi um alívio tanto para ele como para a equipe médica." Ele disse ainda que o terceiro e último ciclo de quimioterapia, a que o ex-presidente será submetido, terá início ainda nesta segunda. A expectativa é que Lula deixe o hospital na terça-feira, 13 à noite.
Após a série de exames de hoje, a equipe médica decidiu manter o cronograma inicial de tratamento contra o câncer. As sessões de radioterapia, definidas pela equipe médica como a parte curativa do tratamento, terão início em janeiro. O fim do tratamento está previsto para fevereiro. O oncologista Paulo Hoff informou que a recuperação de um câncer na laringe varia de paciente para paciente, mas a previsão é de que o ex-presidente retorne as suas atividades políticas em março de 2012.
Estadão

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cientistas britânicos identificam dois novos sintomas de derrame

Pesquisadores britânicos afirmam que descobriram outros dois sintomas que podem indicar que uma pessoa está sofrendo um derrame.

Um projeto desenvolvido pela University Hospitals of Leicester NHS Trust (parte do serviço público de saúde britânico) descobriu que fraqueza nas pernas e perda de visão também são sintomas do derrame.
Segundo a entidade assistencial britânica voltada para o tratamento do derrame, a Stroke Association, informa em sua página na internet que existem três sintomas que precisam ser observados.
O primeiro é fraqueza facial, notar se a pessoa consegue sorrir ou se um canto da boca ou um dos olhos está com aparência caída.
Outro sintoma é a fraqueza nos braços, observar se a pessoa consegue erguer os dois braços. E o terceiro sintoma são os problemas de fala, tentar detectar se a pessoa consegue falar claramente ou entender o que outra pessoa fala.
Campanha
Uma campanha recente do NHS, o serviço público de saúde britânico, destacou estes três sintomas de derrame.
Mas, para Ross Naylor, professor na University Hospitals of Leicester, as pessoas precisam começar a procurar pelos cinco sintomas.
"A campanha do NHS foi bem-sucedida, mas é importante que as pessoas saibam que fraqueza nas pernas e perda de visão também são sintomas que precisam ser observados", disse.
"Temo que muitas pessoas não saibam que qualquer um que esteja com um ou ambos destes sinais adicionais, sozinhos ou com um dos outros três sintomas, pode significar um indicador de que a pessoa, ou um ente querido, está tendo um derrame e também precisa procurar ajuda médica com urgência", acrescentou.
Simon Cook, chefe de operações da Stroke Association para a região de East Midlands, afirmou que a campanha do NHS é útil pois os três sintomas são fáceis de reconhecer pela maioria do público.
"Certamente existem outros sintomas, como visão desfocada e fraqueza nas pernas. Mas, acreditamos que o mais importante é que as pessoas se lembrem de agir rapidamente quando observarem os sinais de um derrame e liguem para os serviços de emergência", afirmou. BBC Brasil - Todos os direitos reservados.
Estadão

Pacientes com marca-passo terão regras para dirigir veículos

 Deve ser publicada na próxima semana a primeira diretriz brasileira para orientar em que condições pacientes com dispositivos cardíacos implantáveis, como marca-passos, desfibriladores e ressincronizadores cardíacos, poderão dirigir veículos, tirar ou renovar a carteira de motorista. Estima-se que aproximadamente 37 mil brasileiros estejam nessas condições.

“A tendência é que, após a publicação oficial, isso vire uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que tem força de lei. O processo é semelhante ao que tornou obrigatório o uso de cadeirinhas para transporte de crianças de até 7 anos”, conta Flávio Adura, diretor-científico da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
A entidade elaborou as recomendações em parceria com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac). O texto será apresentado amanhã no Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas, em Brasília.
Adura revela que cerca de 4% dos acidentes fatais são causados por doenças do motorista. “Os problemas cardiológicos são uma das principais causas de mal-súbito”, afirma.
As novas regras vão determinar, por exemplo, quanto tempo uma pessoa submetida a uma cirurgia para implante de marca-passo ou para a troca do gerador do aparelho deve esperar para voltar a dirigir.
Silvana Nishioka, uma das coordenadoras das diretrizes na Sobrac, explica que esse tempo aumenta de acordo com o risco do procedimento. “Quando você troca um fio do marca-passo, por exemplo, leva um tempo até ele ficar bem fixado ao músculo cardíaco. Durante esse período os pacientes devem evitar qualquer tipo de esforço, pois há risco de hemorragia”, diz.
Embora não exista nenhuma restrição absoluta à direção de veículos particulares, os portadores de desfibriladores cardíacos, aparelhos que tratam um tipo de arritmia que pode causar morte súbita, e ressincronizadores cardíacos, usados em alguns tipos de insuficiência cardíaca, ficam impedidos de dirigir profissionalmente.
De acordo com Adura, enquanto um motorista de um carro de passeio dirige em média 250 horas por ano, um motorista profissional pode chegar a 3 mil horas. “O risco de ter um mal súbito, portanto, é 12 vezes maior. Além disso, as consequências do acidente também costumam ser mais graves, pois envolvem veículos de alta tonelagem, como caminhões e ônibus, e muitos passageiros.”
Mas, segundo Silvana, os riscos de acidente não são altos o suficiente para impedir que os pacientes dirijam carros particulares. "Os principais problemas costumam ocorrer nos primeiros três ou quatro meses após a cirurgia”, afirma.
O coordenador de Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Iran Castro, diz que o texto deve estar disponível no site da revista Arquivos Brasileiros de Cardiologia já na próxima semana. Também deve ser publicada em breve na revista da Abramet.
Adura revela que a Abramet pretende criar diretrizes semelhantes para outras áreas das medicina, como neurologia e oftalmologia. “Doenças neurologia são a outra causa importante de mal súbito. Além disso, precisamos orientar os médicos sobre como proceder, por exemplo, com pacientes com Alzheimer.”
Estadão

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Novo ambulatório deve aumentar atendimento do Emílio Ribas em 67%


O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, centro especializado no tratamento de doenças infecciosas, inaugura nesta quinta-feira (1º) um novo ambulatório com capacidade de 300 leitos em São Paulo.
A novidade foi anunciada nesta quinta-feira (1º), Dia Mundial de Combate à Aids, doença que representa 70% dos atendimentos feitos no local.
Segundo David Uip, médico infectologista e diretor da instituição, o novo ambulatório deve aumentar o número de pessoas atendidas de 3 mil para 5 mil por mês. O investimento total foi de R$ 6 milhões, com gastos para a contratação de 60 novos profissionais.
Ao todo, serão 90 médicos, 28 enfermeiros e outros 16 funcionários como assistentes sociais, dentistas, nutricionistas e terapeutas ocupacionais. Além dos locais de atendimentos comuns, o novo ambulatório terá salas de pressão negativa - ambientes isolados para cuidar de pacientes com tuberculose.
O prédio estava desativado e não poderia ser destruído por estar próximo demais à Casa Rosada, edifício tombado como patrimônio e que serve hoje como museu do instituto. "Com essa mudança, nós iremos reduzir a demanda do prédio de internações, onde funcionava até agora o atendimento ambulatorial", diz Uip. Todo o projeto levou 2 anos e meio para ficar pronto.
Testes rápidos para diagnóstico de HIV também estarão disponíveis no local. Já comuns no mercado, esses procedimentos conseguem dizer em até 15 minutos se uma pessoa está ou não infectada. "Nos casos de resultado positivo, o paciente já será encaminhado e acolhido por nossa equipe, caso assim o deseje", afirma o médico.
Números da Aids
David Uip demonstrou preocupação com os números recém-divulgados sobre a Aids no Brasil. "Você nota um aumento nas doenças sexualmente transmissíveis no país", diz o especialista. "No caso da Aids, será preciso intensificar as ações com foco nos jovens entre 15 a 24 anos."

De acordo com o médico, o número de atendimentos no Emílio Ribas ligados a sífilis, HPV e até tuberculose também preocupa. "As pessoas simplesmente andam parando de se cuidar", alerta o infectologista.
Apesar dos números, Uip destaca a melhora na qualidade de vida dos soropositivos nos últimos anos. "A expectativa de vida é maior. Hoje eu defendo que uma mulher com HIV possa tentar passar por uma gravidez. Há técnicas para evitar a transmissão vertical", diz.