Depois da lâmina, a cera é o método depilatório mais utilizado pela brasileira, sendo possível encontrá-lo em clínicas especializadas e salões de beleza. Quem nunca aproveitou a hora do almoço para dar fim aos pelos indesejados antes de uma festa? No entanto, os dois tipos de aplicação - fria ou quente - exigem cuidados diferentes e merecem atenção.
A cera fria constitui uma alternativa fácil e menos agressiva para a pele e para os vasos sanguíneos. Em quem tem predisposição a derrames sanguíneos, varizes e má circulação nas pernas, o ideal é usar a cera fria, que garante uma depilação perfeita por até trinta dias. Além de ser bastante higiênico, o método é descartável e não provoca irritações.
Em contrapartida, a cera quente costuma provocar menos dor, sendo a preferida das mulheres. “Normalmente aconselho o uso de cera fria nas pernas, mas a maioria das clientes insiste na quente “, conta a depiladora Patrícia Lucena, do salão ASAHI Hair (SP).
De acordo com a especialista, um dos maiores mitos da depilação com cera quente é a contraindicação nas sobrancelhas. ”Nem o calor nem o movimento de ‘puxar a cera’ alteram o tônus da pele. Este estímulo é apenas superficial. A flacidez é causada pelo enfraquecimento das fibras de colágeno e elastina, que não são atingidas durante o processo de depilação”, explica Patrícia. “Quem quer driblar o problema da flacidez precisa evitar o sol e as lâmpadas infra-vermelhas, principalmente nas pálpebras, pois a exposição excessiva à radiação causa prejuízo às fibras colágenas e elásticas que sustentam a pele”.
Como a cera pode ser usada em diversas regiões do corpo, como em axilas, pernas, virilha, buço, orelhas, costas, braços e rosto, a preferência por uma depilação profissional acontece principalmente em áreas mais extensas ou difíceis de serem alcançadas sozinhas. “Acho que minha depiladora consegue um resultado mais uniforme, com menos irritação e até menos dor do que quando faço em casa. Parece até que a depilação dura mais! Talvez seja um pouco de preguiça também, pois sozinha sempre acabo me atrapalhando”, conta Adriana Andrade, de 32 anos, representante comercial em São Paulo.
Foliculite e alergias podem aparecer e são mais frequentes no uso de cera quente. A principal causa são os pelos encravados, que não conseguem romper a pele, causando inflamação. Uma boa solução é alternar o uso de cera com o de lâmina, que não arranca o pelo pela raiz nem prejudica seu crescimento. Pessoas com alergia a glicerina e a mel não devem fazer depilação a cera. Outros casos de restrição devem ser avaliados por dermatologista, em consulta personalizadas.
Formas de aplicação da cera:
Roll-on: Vem em bastão e é aquecida por uma base. Quando aplicada, é retirada com papel
Mel: Aplicado quente, fica em uma panela temperatura controlada. O produto é espalhado com uma espátula e retirado com a mão, sem o papel.Folhas: Já vêm prontas para o uso, só sendo necessário aquecer o produto com as mãos.Dicas básicas para quem quer começar a usar a cera (fria ou quente):
Apesar de ser a preferida entre a maioria das mulheres, a depilação com cera é, muitas vezes, substituída pela lâmina de barbear, por traumas gerados em uma primeira depilação mais dolorida ou feita por depiladora não especializada. A idade aconselhada para iniciar depilação é a partir dos 15 anos.
1) Não usar lâmina de barbear: elas deixam os pêlos duros e ásperos e isso dificulta a primeira depilação por serem mais resistentes. Se os pêlos forem virgens, a primeira depilação será bem menos dolorida. O ideal, então, é que se opte pela depilação com cera sem a retiradas dos pelos antes disso.
2) Verificar a procedência da cera: a cera morna é sempre a melhor opção, pois ela relaxa a pele e dilata os poros sem o risco das eventuais queimaduras da cera quente, além de diminuir a dor na retirada dos pelos.
3) Depile uma região por vez: para começar a se acostumar com o procedimento de depilação é melhor ir aos poucos. A orientação é depilar uma região a cada visita à depiladora e aumentar a área depilada gradativamente, tornando o ato de depilar menos traumático.
Isabelle Lindote
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