quarta-feira, 18 de abril de 2012

Reino Unido lança estudo sobre Parkinson com 3 mil voluntários


O Reino Unido recrutou nesta segunda-feira 3 mil voluntários com Parkinson para participar do maior teste clínico do mundo sobre a doença, em uma nova tentativa para entender seu funcionamento, informou a organização beneficente "Parkinson UK".
Voluntários devem possuir menos de 50 anos de idade e  ter recebido o diagnóstico nos últimos 3 anos - Ariel Schalit/AP
Ariel Schalit/AP
Voluntários devem possuir menos de 50 anos de idade e ter recebido o diagnóstico nos últimos 3 anos
Para participar do teste, denominado "Tracking Parkinson" (Rastreamento do Parkinson), os voluntários devem ter recebido o diagnóstico nos últimos três anos e terem menos de 50 anos, disse à Agência Efe o principal pesquisador do estudo e professor da Universidade de Glasgow (Escócia), Donald Grosset.
A pesquisa com orçamento de 1,6 milhão de libras da "Parkinson UK", e incluirá irmãos e irmãs dos voluntários. Durante cinco anos, participarão da pesquisa 25 centros do Reino Unido, embora o número possa aumentar para 40 nas próximas semanas.
O objetivo do estudo é "encontrar as razões que expliquem as diferentes formas como a doença afeta as pessoas e por que avança mais rápido em alguns pacientes enquanto em outros não, detalhou Grosset.
Além de tremores, o Parkinson causa dor muscular, mudanças de humor, problemas na fala e perda do olfato. A doença é a segunda enfermidade neurodegenerativa mais frequente em maiores de 65 anos, depois do Alzheimer. Sua causa é ainda desconhecida e por isso não se sabe como prevenir, nem como curar.
Com o estudo, os pesquisadores esperam entender os aspectos de sua evolução, e com isso "frear o progresso da doença e, finalmente, revertê-la", acrescentou Grosset. A ideia é tentar identificar os estados iniciais e intermediários da doença e identificar os indivíduos sensíveis a ela.
"As pesquisas passadas não tinham uma amostra de pacientes suficiente, porque é necessário monitorar a evolução por um período longo de tempo", justificou Grosset. Nos últimos anos, os estudos reuniram centenas de pessoas, mas esta é a primeira vez que se almeja pesquisar 3 mil pessoas.
Segundo Grasset, encontrar a cura para a doença é como "construir um quebra-cabeças gigante", no qual ainda faltam muitas peças. "Infelizmente ainda estamos muito longe de encontrar uma cura e por isso precisamos entender por que a doença progride da forma como faz para poder avançar na busca de uma cura para o Parkinson", disse o pesquisador. 
Estadão

domingo, 15 de abril de 2012

Sono irregular aumenta risco de obesidade e diabetes


Má notícia para quem dorme pouco ou em horários irregulares. Uma nova pesquisa indica que a falta de sono ou padrões de sono que contrariam o relógio biológico humano podem aumentar o risco de desenvolver diabetes e obesidade.
Efeitos danosos podem ser revertidos em grande parte com a volta do sono para padrões normais - Wilton Jr/AE
Wilton Jr/AE
Efeitos danosos podem ser revertidos em grande parte com a volta do sono para padrões normais
O estudo, feito por cientistas da Harvard Medical School e do Brigham and Women's Hospital, nos Estados Unidos, foi publicado no dia 11 de abril na revista Science Translational Medicine.
Os pesquisadores avaliaram 21 voluntários saudáveis em um ambiente controlado durante seis semanas. Foram regulados fatores como horas de sono, em que período do dia os participantes dormiam, dieta e outras atividades. A ideia foi simular situações que levam ao sono irregular, como turnos de trabalho alternados (diurno e noturno) ou jet lag recorrente.
Inicialmente os participantes dormiram cerca de 10 horas por noite. Em seguida, passaram três semanas com média de 5,6 horas dormidas a cada 24 horas, com períodos de sono alternados, de modo a simular trocas de turno. Para terminar, os voluntários passaram os últimos nove dias da pesquisa dormindo períodos normais e à noite.
Os cientistas observaram que a interrupção prolongada do sono normal e do ritmo circadiano afetou a produção de insulina nos voluntários, levando ao aumento de glicose no sangue. Em alguns casos, a elevação atingiu níveis considerados pré-diabéticos.
Os participantes também apresentaram importante queda em suas taxas metabólicas, que, segundo os autores do estudo, pode ser traduzida em um ganho de peso superior a 4,5 quilos por ano.
A boa notícia é que o estudo verificou que os efeitos danosos puderam ser revertidos em grande parte com a volta do sono para padrões normais. Os pesquisadores ressaltam que os voluntários não se exercitaram durante o período do estudo e pretendem avaliar no futuro interações entre sono, dieta e exercícios.
Estadão

Medicamento para tratar AVC passa a fazer parte da lista da rede pública


O Alteplase, usado por alguns hospitais da rede particular no tratamento do acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, passa a fazer parte da lista de medicamentos disponibilizados pela rede pública de saúde. A portaria regulamentando o emprego do remédio foi publicada nesta sexta, 13, no Diário Oficial da União.
Os hospitais deverão solicitar o credenciamento do medicamento às secretarias de Saúde nos estados, que encaminharão a demanda para autorização do Ministério da Saúde.
Para o credenciamento, os hospitais deverão disponibilizar um conjunto de procedimentos destinados ao tratamento desses pacientes, desde o atendimento básico, com a aplicação do medicamentos, até a oferta de leitos e a infraestrutura para a reabilitação.
A medida é fruto de consulta pública aberta pelo Ministério da Saúde, no ano passado. O medicamento já era usado pelo sistema público para casos de enfarte agudo do miocárdio. Em casos de AVC isquêmico, quando a obstrução de um vaso interrompe o fluxo sanguíneo para o cérebro, o Alteplase dissolve o coágulo e normaliza a passagem do sangue.
De acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), o AVC é a segunda maior causa de morte e a principal causa de incapacidade no mundo. Com base nas informações do DataSUS, de 2005 a 2009, foram registrados no Brasil cerca de 170 mil internações por AVC ao ano, com um percentual de óbitos de 17%.
Os AVCs são classificados como hemorrágico ou isquêmico, sendo esse último o mais frequente, representando em torno de 85% dos casos. Aterosclerose de pequenas e grandes artérias cerebrais é responsável pela maioria dos AVCs, seja hemorrágico ou isquêmico.
Estadão

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Hospital de São Paulo vai testar uso de coração artificial


O Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, vai começar a testar em humanos um coração artificial totalmente nacional, desenvolvido pela equipe de bioengenharia do próprio hospital.
O coração artificial, acima, já foi testado em animais e agora se inicia a fase de teste em humanos - Hélvio Romero/AE
Hélvio Romero/AE
O coração artificial, acima, já foi testado em animais e agora se inicia a fase de teste em humanos
O projeto de desenvolvimento do aparelho começou em 1998 e foi idealizado pelo engenheiro Aron José Pazin de Andrade, responsável pelo centro de bioengenharia do instituto.
Em 2004, a equipe iniciou os testes em bezerros. Com os bons resultados, no ano passado o grupo pediu autorização para o Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes em humanos.
A pesquisa foi liberada e, num primeiro momento, será realizada em cinco pacientes. A ideia é que o aparelho seja usado em doentes com cardiopatias graves, que estão na fila do transplante de coração, não respondem mais ao tratamento com drogas e correm risco de morte.
O coração artificial não substituirá o órgão natural e funcionará como um auxiliar ao coração doente, para que o paciente consiga esperar pelo transplante em melhores condições clínicas.
"A gente criou um dispositivo para ser um auxiliar ao coração porque, se o aparelho falhar, o paciente ainda terá o seu coração funcionando e terá tempo de ser socorrido", diz Andrade.
O coração artificial foi feito para ser implantado no paciente e conectado ao coração natural. Ele funciona com uma bateria que fica presa ao corpo, do lado de fora, e que precisa ser trocada a cada duas horas.
Os primeiros cinco pacientes, no entanto, não terão o aparelho implantado. Por questões de segurança, eles ficarão internados e o dispositivo ficará preso do lado de fora do corpo para poder ser monitorado pela equipe.
"Estamos em teste e as pessoas não têm experiência com esse aparelho. Por isso, todo cuidado é necessário e vamos monitorá-lo 24 horas", explicou Jarbas Dinkhuysen, chefe do setor de transplante do hospital e investigador principal do projeto.
Consagrado. O uso de coração artificial em pacientes graves já é consagrado em vários lugares do mundo. Há casos de pacientes que vivem com o aparelho há oito anos e que se adaptaram tão bem que não querem mais ser transplantados.
Segundo Dinkhuysen, até hoje o maior impeditivo para o Brasil usar esse tipo de aparelho era o preço - um coração artificial importado chega a custar cerca de R$ 500 mil e o produto nacional vai custar em torno de R$ 60 mil.
"É uma tecnologia amplamente difundida, mas o Brasil está muito atrasado. O problema é que o custo desse aparelho era proibitivo", diz Dinkhuysen, acrescentando que a intenção do projeto é baratear o custo do aparelho nacional para que o SUS passe a indicar o seu uso com mais frequência.
Não há risco de rejeição - o risco que existe é o de coagulação do sangue dentro do aparelho, o que será controlado com medicação anticoagulante diariamente.
Segundo Reginaldo Cipullo, cardiologista clínico do setor de transplantes, hoje há 99 pacientes na fila do transplante em todo o Estado, sendo 37 na capital. "O índice de morte na fila de espera é de 55%. Desses 55%, o aparelho seria útil para cerca de 80%. O aparelho fará a fila de transplante cair. Será um benefício enorme para a sociedade."
Estadão

Menino que recebeu ácido em hospital passa por cirurgias e fica internado


O menino Alan, de 2 anos, passou por cirurgias na manhã desta quarta-feira, 11, segundo o Hospital Felício Rocho, Belo Horizonte, Minas Gerais. De acordo com o médico responsável pelo caso, Waldemar Fernal, ele será levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), permanecerá internado nas próximas semanas.
Após ter recebido ácido tricloro de acético, usado para cauterização de verrugas, no lugar de um sedativo, o garoto de 2 anos foi transferido para o Hospital Felício Rocho onde foi submetido às cirurgias de traqueostomia e gastrostomia - aberturas na traqueia e na altura do estômago respectivamente, pelas quais, por meio de sondas, é feita a alimentação do paciente.
De acordo com boletim médico divulgado pelo hospital, durante a cirurgia de vídeo laparoscopia, foi notado o estreitamento da traqueia de Alan, possivelmente em decorrência da aspiração do ácido. Informações do boletim afirmam que foi identificada uma gastrite de pequeno grau.
Em conversa com o estadão.com.br, o Doutor Waldemar Fernal, explicou que o objetivo inicial da equipe médica era evitar a colocação de sondas para alimentação, mas o método não pode ser evitado. "Logo que foi constatado o estreitamento da traqueia eu e a equipe médica consideramos ser mais seguro colocar as sondas, mas a principio elas são temporárias", disse Fernal.
Alan deve retornar para a UTI por volta das 14h e, de acordo com Fernal, permanecerá internado e em observação durante as próximas duas semanas. "Sua alimentação por meio das sondas gástricas será, provavelmente, iniciada daqui a 48h", informou o médico.
O menino sofreu uma queda na manhã desta quarta e, seria submetido a uma tomografia do cérebro para detectar algum problema. Durante o procedimento para o exame, um profissional de enfermagem aplicou tricloro de acético no lugar de um sedativo, o que causou queimaduras de 3º grau na boca, laringe e esôfago de Alan.
Estadão

Aborto em caso de anencefalia deixa de ser crime


Em uma decisão por ampla maioria, com 8 votos a favor e 2 contra, o Supremo Tribunal Federal decidiu permitir a interrupção da gravidez em casos de anencefalia - quando não acontece a formação do cérebro no feto. 


Os discursos dos ministros abordaram questões como a definição do início da vida - já que nem a Constituição nem o Código Penal estabelecem quando acontece esse momento. Alguns também argumentaram que o aborto de anencéfalos estaria contemplado no Código Penal se na década de 1940 - quando ele foi estabelecido - houvessem exames capazes de mostrar essa condição. Muitos ressaltaram o sofrimento da mãe. Também foi destacada a legislação em outros países - 94 permitem o aborto nesses casos. 

Ao final da votação, houve uma preocupação por parte dos ministros de estabelecer como será feito o diagnóstico correto. Gilmar Mendes chegou a dizer que "poderão nesse caso, se não legitimarmos a cautela, legitimar verdadeiros açougues". 

O julgamento começou na quarta-feira, 11, quando em pouco mais de oito horas de debates, cinco ministros votaram a favor - Marco Aurélio Mello, Rosa Weber, Joaquim Barbosa, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Ricardo Lewandowski se posicionou contra a decisão, e justificou seu voto dizendo que qualquer decisão nesse sentido "abriria portas para a interrupção da gravidez de inúmeros embriões portadores de doenças que de algum modo levem ao encurtamento da vida". O ministro Antonio Dias Toffoli não votou, pois no passado, quando era advogado-geral da União, manifestou-se favorável à interrupção da gravidez no caso de anencéfalos.


No primeiro dia, Marco Aurélio Mello foi o primeiro a declarar o voto. Ele é o relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamenta (ADPF) 54, proposta em 2004 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, e iniciou a sessão às 9h50 com a leitura de estudos e pesquisas sobre a anencefalia. Segundo o ministro, “a gestação de feto anencéfalo representa um risco à mulher e cabe a ela, e não ao Estado, sopesar valores e sentimentos de ordem privada, para deliberar pela interrupção, ou não, da gravidez”.


Para a ministra Cármen Lúcia, "a interrupção da gravidez nesses casos não é criminalizável". Tal opinião complementa o discurso de Luiz Fux, que falou pouco antes e afirmou que “a interrupção da gravidez tem o condão de diminuir o sofrimento da gestante”.
No Segundo dia de julgamento, que durou pouco mais de seis horas, os ministros Carlos Ayres Britto, Gilmar Mendes e Celso de Mello se mostraram favoráveis à interrupção da gravidez. O presidente do STF, Cezar Peluso, foi o segundo voto contrário. Ele fez uma ampla defesa do feto à vida

Segundo Ayres Britto, "à luz da Constituição não há definição do início de vida, nem à luz do Código Penal. É meio estranho criminalizar o aborto sem a definição de quando começa essa vida humana.". Gilmar Mendes lembrou que a situação da gravidez de um anencéfalo tem relação com as duas condições em que hoje o aborto é permitido, pois tanto leva a riscos à saúde da mãe, quanto causa danos psíquicos - como nos casos de gestação resultante de estupro. Celso de Mello concluiu seu voto confirmando "o pleno direito da gestante de interromper a gravidez de feto comprovadamente portador de anencefalia".
Estadão

domingo, 8 de abril de 2012

Estudo põe em dúvida eficácia do PSA para detectar câncer de próstata


A eficácia da Prova do Antígeno Prostático (PSA), exame habitual para diagnosticar o câncer de próstata, foi posta em dúvida por um estudo divulgado nesta quarta-feira, 4, pela Alta Autoridade de Saúde da França (HAS).
A confiabilidade deste teste, frequentemente acompanhado do toque retal e até a primeira década deste século considerado um bom indicador para medir a evolução da doença, sofreu seu primeiro revés em 2010, quando a HAS anunciou que, aplicado à população masculina em geral, carecia de eficiência.
Agora, a Autoridade a descartou inclusive para os indivíduos "de risco", já que, apesar dos fatores de perigo conhecidos (idade, antecedentes familiares, origem africana e exposição a certos agentes químicos), atualmente a medicina não sabe nem o peso que tem cada um nem como interagem entre eles.
Por outra parte, a HAS constatou que até o momento não está provado que as pessoas com maior risco de contrair a doença, de evolução lenta, a desenvolvam de forma mais grave ou com maior rapidez, por isso o diagnóstico antecipado também não seria útil.
Finalmente, segundo os responsáveis do estudo, os pacientes que se submetem a este exame estão suscetíveis a dar "falsos positivos", o que representa "riscos secundários", tanto de tipo físico, derivados da consequente biópsia para determinar se há câncer, como de tipo psicológico e sexual.
A HAS concluiu que os homens que se submetem o teste deveriam fazê-lo "com conhecimento de causa", sabendo que "este exame em algumas ocasiões termina em operações ou irradiações inúteis com duras consequências para a sexualidade e a continência de homens que ainda são jovens e ativos". 
Estadão

Soja melhora sintoma de menopausa, diz estudo americano


Duas porções diárias de soja podem reduzir a frequência e intensidade de ondas de calor vivenciadas por mulheres durante a menopausa, concluiu o mais abrangente estudo já feito sobre o assunto.
Os resultados da pesquisa apontam para uma redução de até 26% no sintoma.
Pesquisadores da Universidade de Delaware, em Newark, Nova Jersey, Estados Unidos, analisaram 19 investigações prévias sobre o tema envolvendo um total de 1.200 mulheres.
Os resultados do trabalho foram publicados na revista científica Menopause: The Journal of thev North American Menopause Association.
Até o presente, pesquisas sobre o assunto tinham apresentado resultados contraditórios - algumas confirmando, outras negando os benefícios da soja para mulheres na menopausa.
Mas segundo a equipe americana, a discrepância se deve ao número pequeno de participantes em alguns dos estudos e também a problemas de metodologia.
"Quando combinamos todos (os estudos), concluímos que o efeito geral (da soja) ainda é positivo", disse Melissa Melby, professora de antropologia médica na University of Delaware, autora do estudo.
Resultados
Ao examinar o impacto de isoflavonas da soja (substâncias químicas que produzem um efeito semelhante ao do hormônio feminino estrogênio), Melby e seus colegas concluíram que ingerir ao menos 54 miligramas de isoflavonas da soja diariamente, por um período entre seis semanas e um ano, diminui a frequência das ondas de calor em 20,6% e a intensidade do sintoma em até 26% em comparação com o uso de um placebo.
Em estudos de duração mais longa, onde mulheres consumiram isoflavonas por 12 semanas ou mais, a diminuição na frequência das ondas de calor foi cerca de três vezes maior.
Suplementos com índices maiores de genistein (um dos dois principais tipos de isoflavonas) se revelaram mais efetivos na redução da frequência das ondas de calor.
Melby explicou que estes resultados são particularmente importantes porque o genistein é a principal isoflavona encontrada nos grãos da soja e em alimentos que contém soja.
Segundo ela, isso é um indicador de que "comer alimentos contendo soja, ou usar suplementos derivados de grãos inteiros de soja, pode funcionar melhor para mulheres".
O interesse em compreender as possíveis conexões entre consumo de soja e sintomas de menopausa surgiu a partir de observações feitas no Japão.
Pesquisas realizadas no país concluíram que a baixa frequência de ondas de calor em mulheres japonesas pode ser atribuída ao alto consumo de soja entre os japoneses. No Japão, a ingestão do alimento tem início já no útero e continua por toda a vida.
"A soja é provavelmente mais efetiva nessas mulheres", disse Melby. "Mas se você tem 50 e nunca comeu soja, não é tarde demais. Nós descobrimos que ainda ajuda."
Estadão

Programa previne novas fraturas em 97% dos pacientes com osteoporose


Um programa pioneiro do Serviço de Ortopedia do Hospital Federal de Ipanema conseguiu evitar novas fraturas em 74 dos 77 pacientes acompanhados - 97,4% do total. São pessoas que sofreram fraturas por causa da osteoporose e têm grande possibilidade de novos acidentes. 

Em um ano, o grupo recebeu medicamentos, entrou em programa de exercício e participou de consultas a cada quatro meses. Os resultados foram apresentados no Congresso Europeu de Osteoporose e Osteoartrite, em Bordeaux, na França.

"Esses pacientes sofreram fratura por trauma mínimo, ou seja, caíram da própria altura. Se nada for feito, terão novas fraturas", explica o coordenador do programa, o ortopedista Bernardo Stolnicki, integrante da força-tarefa da Sociedade Americana de Metabolismo Ósseo, que desenvolve estratégia para reduzir em 20% a fratura de fêmur. 

Cerca de 40% dos pacientes com esse tipo de fratura se tornam dependentes e mais de 50% deles perdem pelo menos uma função da atividade cotidiana. 

"Eu tinha quedas bobas. Uma vez, segurava uma taça de vinho e escorreguei no último degrau da escada. A taça ficou inteira, mas eu quebrei os ossos do punho", lembra a psicóloga Nazaré Palmeira, de 74 anos, que entrou no programa depois de ter fraturado fíbia, perônio, rádio, clavícula e a vértebra lombar. 

As quedas fizeram Nazaré perder a segurança - parou de andar na praia e usar salto alto. Ao entrar no Programa de Prevenção de Refraturas, ela passou por consulta para levantamento do histórico clínico, fez exame para avaliar a massa óssea e para buscar o que os médicos chamam de fratura subclínica. "A pessoa sente aquela dorzinha contínua e acha que pode ser artrite, por causa da idade, mas na verdade tem uma vértebra fraturada."

Vitamina D. Nazaré também fez exames laboratoriais para afastar doenças provocam a perda de massa óssea (como o hiperparatireoidismo). Entre os testes está a dosagem de vitamina D, responsável pela fixação do cálcio no organismo. "Na população geral, a deficiência está em 42%. Aqui, 85,7% dos pacientes têm esse problema", afirma o ortopedista. 

Como em algumas partes do País não se consegue fazer essa dosagem, ortopedistas devem começar a repor essa vitamina em pacientes com a doença - segundo o médico, o risco de o paciente com osteoporose ter deficiência é de mais de 80%.

Depois de todo o levantamento, Nazaré, assim como os pacientes, recebeu em dose única infusão do medicamento ácido zoledrônico, que aumenta a massa óssea, além da suplementação de cálcio e vitamina D. 

Também passou por um programa de ginástica, para aumentar o equilíbrio e reduzir o risco de queda - cada paciente recebe um vídeo com 12 tipos de exercícios. "Melhorou a minha autoestima. Eu dou aulas, palestras, e já não podia mais caminhar direito porque a dor que eu sentia era intensa", diz Nazaré. 

Prevenção. "O alto porcentual de fraturas prévias reforça o conceito de que é preciso intervir na primeira fratura, para evitar quadros mais graves. E a baixa taxa de refratura, depois de iniciado o acompanhamento, é um indicativo de que o tratamento com uma droga de alta adesão é animador", diz o ortopedista.

Hoje, 118 pacientes estão inscritos no PrevRefrat - 88 deles estão em tratamento com o ácido zoledrônico, 22 aguardam resultados de exames e 8 receberam outros medicamentos porque sofrem de insuficiência renal, o que é contraindicação para o uso do ácido zoledrônico.

A corretora Evany Wuensch, de 76 anos, aguarda o resultado dos exames para ingressar no programa. Ela teve 25 ossos fraturados ou fissurados nos últimos anos - só no cotovelo fez quatro cirurgias. 

"Um abraço do meu neto e eu fissurei cinco costelas", conta. "Minha expectativa é não cair mais para não quebrar."

Estadão

'Obrigar gestação de anencéfalo é torturar a mulher'


Passados mais de sete anos desde que chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), a ação que defende o aborto de fetos anencefálicos será julgada nesta quarta-feira. A tendência do tribunal, conforme ministros, é liberar a interrupção da gravidez.
Autor da ação, o advogado Luís Roberto Barroso afirma, em entrevista ao Estado, que o julgamento desta semana não é uma etapa para a liberação do aborto. E critica aqueles que afirmam ser a interrupção da gravidez nos casos de anencefalia um primeiro passo para a eugenia.
"Equiparar a antecipação de parto no caso de feto anencefálico com a eugenia é um abuso verbal, quase um uso imoral da retórica", disse.
A ação foi protocolada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) em 2004. Naquele mesmo ano, o relator do processo, ministro Marco Aurélio, deu uma decisão provisória (liminar) para a liberação do procedimento médico de interromper a gravidez nesses casos. Três meses depois, a liminar foi cassada. Em 2008, o STF convocou uma audiência pública para ouvir médicos, cientistas e organizações religiosas sobre o assunto (mais informações nesta página).
A seguir, os principais trechos da entrevista concedido ao Estado:
Que argumento o senhor usará para tentar convencer os ministros do STF?
Nós temos três teses principais. A primeira delas é de que essa hipótese não é de aborto. O aborto pressupõe a potencialidade de vida do feto. Como o feto anencefálico não tem potencialidade de vida extrauterina, nossa tese é que esse fato é atípico. Ele não é colhido pela definição de aborto do Código Penal. Por essa razão, a mulher deveria ser automaticamente autorizada a interromper a gestação.
A vida do feto, neste caso, não deveria ser protegida?
No Direito brasileiro não há uma definição do momento do início da vida, mas há uma definição do momento da morte, que é a morte encefálica, prevista na lei de transplante de órgãos. No caso do feto anencefálico, ele não chega sequer a ter início de vida encefálica. Por isso sustentamos que, por não haver vida, não há aborto.
E se o STF discordar dessa tese e disser que a vida intrauterina deve ser protegida?
Ainda que se considerasse essa hipótese como sendo de aborto, ela deveria cair nas exceções do Código Penal. O Código prevê duas exceções nas quais não se pune o aborto: em caso de necessidade para salvar a vida da mãe e em caso de estupro. Nessas duas exceções, o feto tem potencialidade de vida. Mas o legislador, ponderando a vida do feto com a vida da mãe ou com a violência física e moral sofrida pela mãe permite a interrupção da gestação. O caso da anencefalia é menos do que os casos de estupro e de aborto para salvar a vida da mãe, porque não há potencialidade de vida.
O Código Penal não prevê essa exceção. Por quê?
Essa exceção não foi prevista expressamente porque em 1940, quando o Código Penal foi elaborado, não havia meios tecnológicos de diagnosticar a anencefalia.
Qual é a terceira tese?
Ainda que se considere aborto, nessa hipótese as normas do Código Penal que criminalizam o aborto são excepcionadas pela aplicação do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana. Esse princípio paralisaria a incidência dessas normas do Código Penal.
Por que a gravidez de feto anencefálico violaria a dignidade? Obrigar uma mulher que faz o diagnóstico (de anencefalia do feto) no terceiro mês de gestação a levá-la até o nono mês significa impor a ela seis meses de um sofrimento inútil. Essa mulher vai passar por todas as transformações físicas e psicológicas pelas quais passa uma mulher que está grávida se preparando para ter seu filho. Mas, nesse caso, a mulher estará se preparando para o filho que não vai chegar. Isso é equiparado à tortura. Impõe à mulher um sofrimento físico e psicológico inútil e evitável.
Se o Congresso não mudou o Código Penal, por que isso deveria ser feito pelo STF?
A vida na democracia é feita pelo processo político majoritário, que se desenrola no Congresso, e pela proteção e promoção dos direitos fundamentais via Constituição e Supremo Tribunal Federal. Quando o processo majoritário está azeitado, fluindo bem, com grande legitimidade, a jurisdição constitucional recua. E quando o processo político majoritário emperra ou enfrenta dificuldades para votar determinadas matérias, o STF tem seu papel ampliado.
Mas isso não pode ainda ser votado no Congresso?
Sempre que se tratar da proteção de minorias ou de situação politicamente complexa o risco de a matéria não ser resolvida pela via legislativa é muito grande. Isso vale para negros, como ocorreu nos Estados Unidos; para homossexuais, como ocorre em quase todas as partes do mundo; vale para religiões minoritárias e vale também para as mulheres.
Por que considera as mulheres um grupo minoritário?
As mulheres tecnicamente não são minoria do ponto de vista quantitativo, mas são minoria do ponto de vista da vulnerabilidade. Portanto, certos direitos das mulheres só podem ser conquistados via poder Judiciário.
O senhor disse que há questões de classe envolvidas nesse assunto. Por quê?
A questão da anencefalia, como o aborto em geral, tem um corte de classe evidente. Esse não é um problema da classe média, que resolve isso discretamente, fora do alcance do Estado. Quem precisa do direito de antecipar o parto em caso de anencefalia são mulheres pobres que precisam da rede pública.
Algumas pessoas contrárias a essa tese dizem que isso abriria espaço para eugenia. Como o senhor responde a isso?
Equiparar a antecipação de parto no caso de feto anencefálico com a eugenia é um abuso verbal, quase um uso imoral da retórica. A antecipação do parto de feto inviável nada tem a ver com eugenia. Não há crianças anencéfalas, adultos anencéfalos. A letalidade da anencefalia é certa. A equiparação com deficiência é uma forma antiética de argumentar. A deficiência é uma manifestação da diversidade humana. Ela não se confunde com a inviabilidade fetal.
Mas essa decisão é uma etapa para o aborto?
A discussão necessária e importante sobre o aborto no Brasil não depende da questão da anencefalia. São discussões diferentes. Portanto, não acho que uma discussão abra caminho ou feche as portas para o aborto. As questões éticas colocadas em debate são diferentes.

Estadão

terça-feira, 3 de abril de 2012

Estresse constante afeta capacidade do organismo de combater infecções

Viver muito tempo sob estresse pode prejudicar a capacidade do corpo de combater infecções, segundo um estudo publicado essa semana na revista científica “Proceedings of The National Academy of Sciences of United States of America). A descoberta é mais um argumento que ajuda a explicar por que o estresse é frequentemente associado com vários problemas de saúde física e mental.

O cientista Sheldon Cohen e um grupo de pesquisadores do Departamento de Psicologia da Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, nos Estados Unidos, avaliaram os níveis de estresse em 276 homens e mulheres saudáveis, que definiram ter o estresse como reflexo de suas vidas, não relacionado à saúde, mas que perduram a médio e longo prazo em seu dia a dia.
Tendo essas informações em mãos, os cientistas os expuseram ao vírus do resfriado comum e, em seguida, os deixaram de quarentena.
Exames de sangue e outras avaliações realizadas nessas pessoas no período revelaram que as células do sistema imunológico dos pacientes expostos ao estresse crônico, em comparação com outros indivíduos saudáveis, foram menos sensíveis ao hormônios que normalmente fazem a resposta inflamatória no organismo.
Ao analisarem 82 adultos saudáveis, os exames demonstraram que as pessoas infectadas e com diminuição da sensibilidade imunológica, em comparação a outras pessoas infectadas, produziram níveis mais altos de um mensageiro químico que promove a inflamação.
Os resultados sugerem que o estresse prolongado interfere no combate da inflamação, o que podem afetar o surgimento e a progressão de uma ampla gama de doenças, segundo os autores da pesquisa.
G1

Tosse por mais de duas semanas pede atenção redobrada, diz médico

Mesmo que a orientação do Ministério da Saúde no combate à tuberculose seja a atenção para tosse prolongada por mais de três semanas, o mesmo sintoma, ao alcançar duas semanas, já dever ser acompanhado de perto. A orientação é do pneumologista e consultor da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Ricardo Martins.

Em entrevista à Agência Brasil, ele explicou que, no caso da tuberculose, a tosse prolongada acompanhada ou não de catarro deve ser associada a fatores como febre, calafrios, suor intenso e perda de peso e de apetite. “Isso suscita a necessidade de procurar imediatamente o posto de saúde”.
Na última segunda-feira, 26, o governo lançou a campanha nacional de enfrentamento à tuberculose, com o tema Tosse por mais de três semanas é um sinal de alerta. Quanto antes você tratar, mais fácil de curar. Procure uma unidade de saúde.
Para o pneumologista, o foco no combate à doença deve ser a busca por novos casos, na tentativa de interromper a cadeia de transmissão, além de investir em novas estratégias capazes de garantir que o paciente não abandone o tratamento.
“É uma doença que precisa ser vigiada e o tratamento também é assim. A ideia é fazer consultas mensalmente, dependendo do estado da pessoa. Algumas vezes, é preciso fazer visitas mais encurtadas, mas o tratamento é feito em casa, não há dificuldade alguma”.
Segundo Martins, um dos fatores que levam à desistência do tratamento é a súbita melhora dos sintomas. “Esse é um bacilo de crescimento muito lento. Para garantir que o tratamento foi eficaz, é preciso persistir por seis meses”.
Ele lembrou que o índice de cura para a doença é superior a 90%, desde que o tratamento seja levado até o fim. Quando o paciente desiste antes que os seis meses sejam concluídos e precisa reiniciar o tratamento, a taxa de cura da tuberculose cai para 75%.
Estadão

segunda-feira, 2 de abril de 2012

HC alerta para aumento de 40% na ingestão de espinhas na Semana Santa

SÃO PAULO - O Hospital das Clínicas alerta que os riscos de ingestão de espinha de peixe aumentam durante a Semana Santa, por causa do maior consumo. A instituição registrou um crescimento de 40% no número de casos nesta época.

A espinha de peixe, quando engolida, pode até perfurar o esôfago, causando falta de ar, dor no tórax e febre. Por isso, deve ser retirada com urgência através de uma endoscópica.
De acordo com o endoscopista Dalton Chaves, dependendo da gravidade, pode até conduzir à morte: "Se a espinha ultrapassar o esôfago, há grande possibilidade de ser eliminada nas fezes. Entretanto, dependendo do tamanho, ela pode parar em algum ponto do trato digestivo e provocar a perfuração de outros órgãos", afirma.
Estadão

Obesidade aumenta riscos de câncer renal


Especialistas do Instituto de Pesquisa do Câncer da Grã-Bretanha dizem que a obesidade está desempenhando um papel significante no aumento de casos de câncer renal no país. A entidade publicou dados mostrando que foram registrados 9 mil casos em 2009, comparado a apenas 2,3 mil em 1975.
Obesidade traz mais riscos para o câncer renal que o hábito de fumar - Marcio Fernandes/AE
Marcio Fernandes/AE
Obesidade traz mais riscos para o câncer renal que o hábito de fumar
A obesidade aumenta o risco de câncer renal - o oitavo mais comum - em 70%, uma taxa alta se comparada ao hábito de fumar, que aumenta em 50%. A entidade afirma que poucas pessoas sabem dos riscos do sobrepeso para o câncer renal, que se diagnosticado ainda nos estágios iniciais, pode ser curado por meio de cirurgia.
Os especialistas dizem que estar acima do peso aumenta os riscos do câncer renal, assim como o de tumor nas mamas, no útero e no intestino, uma vez que determinados hormônios começam a ser produzidos em maiores níveis que os normais.
O número de fumantes na Grã-Bretanha caiu durante os últimos 35 anos, mas o número de pessoas obesas só aumentou desde então. Cerca de 70% dos homens e 60% das mulheres que habitam no país atualmente têm o índice de massa corporal (IMC) de 25 ou mais, o que os classifica como acima do peso.
"Nos últimos dez anos, ajudamos no desenvolvimento de novos medicamentos que destroem as células cancerígenas do sangue que alimentam o tumor. Essas drogas controlam a doença na maioria dos casos, mas não é uma cura definitiva", disse o professor Tim Eisen, do Instituto de Pesquisa do Câncer. "É melhor prevenir o problema - manter um peso saudável e não fumar é a melhor forma de fazer isso", completa.
Sara Hiom, diretora de informação da entidade, afirma que "poucas pessoas sabem sobre os riscos associados entre o sobrepeso e o câncer renal". "Parar de fumar ainda é a melhor forma de reduzir as chances de desenvolver um tumor nos rins. A importância de se manter um peso saudável não deveria ser minimizada", conclui.
  Estadão

Anvisa suspende uso e venda de lote do analgésico dipirona sódica


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a partir desta sexta-feira, 30, o uso e a venda de lote do analgésico dipirona sódica solução oral, de 500 mg/ml, fabricado pela empresa farmacêutica Hipolabor.
A vigilância sanitária determinou a suspensão da distribuição, venda e uso do lote 0710/10 do medicamento porque testes da Fundação Ezequiel Dias (Funed) constataram teor de dipirona sódica abaixo do informado pela fabricante.
Quem comprou medicamento desse lote deve parar o consumo, segundo recomendação da Anvisa. A empresa farmacêutica terá de recolher as unidades que ainda restam no mercado. Publicada no Diário Oficial da União, a medida é definitiva e válida em todo o território nacional. As informações são da Agência Brasil.
Estadão

Hormônio pode aumentar risco de câncer


Uma nova pesquisa sugere que o uso prolongado de qualquer tipo de hormônio para amenizar os sintomas da menopausa podem aumentar o risco de a mulher desenvolver câncer de mama.
Já se sabe que tomar pílulas que combinam estrogênio e progestina - a forma mais comum de tratamento hormonal - podem aumentar o risco de câncer. Mas considera-se que a mulher que teve o útero extirpado poderia tomar apenas estrogênio, que seria seguro.
Mas o novo estudo, feito por médicos do Brigham and Women's Hospital, de Boston (EUA), sugere o contrário, se essas pílulas são usadas por dez anos ou mais. Os especialistas indicam tomar as menores doses pelo tempo mais curto possível.
A pesquisa, liderada pela médica Wendy Chen, acompanhou cerca de 60 mil mulheres e foi apresentada ontem em uma conferência sobre câncer realizada em Chicago. / AP

Estadão