quinta-feira, 30 de junho de 2011

Estudos genéticos podem salvar demônios da Tasmânia da extinção


Os conservacionistas poderiam lançar mão de estudos genéticos para selecionar melhor os exemplares de demônios da Tasmânia a capturar para salvar a espécie da extinção, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira.
O marsupial tem sido vítima de um tipo de câncer altamente contagioso, que causa tumores faciais (DFTD, na sigla em inglês) e que, desde sua descoberta há quinze anos, eliminou entre 70% e 90% de sua população em algumas áreas da Austrália, de onde é originário.
"Imaginem só um câncer humano que fosse contagioso através do aperto de mão. Erradicaria nossa espécie muito rapidamente", disse Stephan Schuster, professor de bioquímica e biologia molecular da Universidade Penn State e principal autor do estudo.
Os especialistas preveem que a epidemia poderia aniquilar toda a espécie em 2016, se alcançasse a totalidade do território onde vivem os demônios da Tasmânia. Nos últimos anos, especialistas em conservação capturaram exemplares saudáveis para criação em zoológico e posterior soltura de novos animais uma vez que a doença for erradicada.
O estudo, publicado na edição desta segunda-feira das atas da Academia Americana de Ciências, sugere como usar a informação derivada do sequenciamento genético da espécie - obtida pela primeira vez por cientistas australianos no ano passado - para selecionar geneticamente uma espécie mais resistente.
Embora pareça lógico selecionar apenas animais com maior resistência inata ao DFTD, Schuster explicou que é importante manter certa diversidade genética para evitar futuras epidemias. É preciso "desenvolver um conjunto de exemplares saudáveis variados, que podem lutar contra futuras doenças ou até mesmo contra agentes patogênicos que talvez ainda não tenham evoluído", disse.
Para decidir quais indivíduos escolher em função do seu perfil genético, os cientistas sequenciaram o genoma de um denômio chamado Cedric, nascido em cativeiro e que demonstrou certa resistência ao câncer antes de, eventualmente, sucumbir a uma nova cepa.
Também foram analisados os dados genéticos de uma fêmea, Spirit, nascida em liberdade e que morreu em decorrência da doença, bem como de um de seus tumores.
Em seguida, compararam a informação genética recente com a encontrada em 175 exemplares de demônios em museus. As informações foram combinadas para criar um modelo que determine quais animais capturar para desenvolver um programa de criação em cativeiro similar aos já existentes na Tasmânia e na Austrália em geral, destacou o estudo.
Terra

Exame de ressonância explica como o cérebro processa piadas


Cientistas britânicos dizem ter desvendado a maneira como o cérebro humano reage a piadas, num trabalho que pode ajudar a determinar se pacientes em estado vegetativo são capazes de experimentar emoções positivas.
Pesquisadores da unidade de cognição e ciências cerebrais do Conselho de Pesquisas Médicas usaram exames de ressonância magnética funcional para observar e comparar o que acontece no cérebro de pessoas normais quando elas ouvem frases comuns e piadas engraçadas, inclusive trocadilhos.
Ao avaliar os cérebros de 12 voluntários saudáveis, eles notaram que as áreas de recompensa no cérebro se acendem muito mais ao processarem piadas do que ao processarem uma fala normal. No estudo, essa reação de recompensa aumentava conforme os participantes achassem uma piada mais engraçada.
"Encontramos um padrão característico de atividade cerebral quando as piadas usadas eram trocadilhos", disse Matt Davis, um dos coordenadores do estudo, em nota.
Por exemplo, piadas como ''Por que os canibais não comem palhaços? Porque eles têm um gosto engraçado!'' envolvia áreas cerebrais ligadas ao processamento da linguagem, mais do que em piadas que não envolviam jogos de palavras."
Ele disse que a resposta também era diferente quando frases não-engraçadas continham palavras com mais de um sentido.
"Mapear a forma como o cérebro processa as piadas e as frases mostra como a linguagem contribui para o prazer de entender uma piada. Podemos usar isso como parâmetro para entender como as pessoas que não conseguem se comunicar normalmente reagem a piadas", acrescentou ele.
A equipe de Davis, que teve seu trabalho publicado na terça-feira na revista Journal of Neuroscience, disse que será possível usar o estudo para descobrir se alguém em estado vegetativo pode experimentar emoções positivas - um passo que poderia ajudar os parentes a entender o estado mental dos pacientes.
"Já usamos ressonâncias magnéticas funcionais para detectar a compreensão da linguagem em pacientes em estado vegetativo que não conseguem se comunicar de qualquer outra forma", disse Tristan Bekinschtein, que também participou do estudo.
"Podemos agora usar métodos similares para buscar emoções positivas nesses pacientes. Isso é muito importante para as famílias e amigos desses pacientes, que querem saber se eles ainda conseguem experimentar o prazer e o riso, apesar da sua adversidade."
Terra

Gene que produz pessoas magras é associado a problemas no coração


Genes que produzem pessoas magras foram associados a problemas no coração e a diabetes do tipo 2 - condições normalmente vinculadas ao excesso de peso.
O estudo, feito pelo Medical Research Council da Grã-Bretanha, sugere que variantes do gene IRS1 reduzem a gordura sob a pele, mas não têm efeito sobre a gordura presente nas vísceras, em torno de órgãos como o coração e o fígado - muito mais perigosa.
O trabalho foi publicado na revista científica Nature Genetics e envolveu estudos genéticos com 76 mil pessoas. A associação entre as variantes genéticas e a doença foi maior forte nos homens.
Magros
A chefe do estudo, Ruth Loos, pesquisadora da Epidemiology Unit do Institute of Metabolic Science, em Cambridge, na Inglaterra, disse que quando os cientistas perceberam a associação genética ficaram intrigados.
"Fizemos uma fascinante descoberta genética", disse Loos. E aconselhou: "Não são apenas os indivíduos obesos que podem estar predispostos a essas doenças metabólicas. Indivíduos magros não devem pressupor que são saudáveis com base em sua aparência."
O médico Iain Frame, diretor de pesquisas da entidade de auxílio a diabéticos Diabetes UK, disse que o estudo pode "esclarecer por que 20% das pessoas com diabetes do tipo 2 sofrem da condição apesar de terem um peso saudável".
"[A pesquisa] também é uma mensagem clara de que pessoas magras não podem ser complacentes em relação à sua saúde."
Comentando o novo estudo, o médico Jeremy Pearson, um dos diretores da British Heart Foundation, entidade britânica de combate às doenças do coração, disse:
"Esses resultados reforçam a ideia de que, para riscos ao coração, é particularmente importante não apenas quão obeso você é, mas sim onde você deposita a gordura."
"A gordura armazenada internamente é pior para você do que a armazenada sob a pele."
"Entretanto, isto não elimina o fato de que ser obeso é ruim para a saúde do seu coração, então devemos continuar tentando ficar magros e em boa forma física."
G1

Com o pênis, pequeno animal aquático bate recorde de barulho


Um pequeno animal aquático, mais conhecido por usar seu pênis como um instrumento musical, bateu o recorde de barulho, segundo um estudo publicado nesta semana na revista "PLoS One". Debaixo d'água, o Micronecta scholtzi é capaz de tanto barulho quanto uma buzina de automóvel, segundo os cientistas.
É um feito particularmente impressionamente, principalmente porque o corpo do animal tem apenas dois milímetros de comprimento. É um dos menores exemplares do animal conhecido popularmente como "barqueiro".
Apenas os machos da espécies são capazes de cantar -- e fazem isso para atrair as fêmeas. Para fazer tanto barulho, eles usam seus orgãos sexuais como violinos.
Em média, o som chega a 79 decibéis, segundo a pesquisa feita no Museu de História Natural de Paris. É mais ou menos o mesmo que um toque de celular e o suficiente para ser ouvido das margens de rios, mesmo quando o animal canta a alguns metros de profundidade. No auge, o barulho atinge 105 decibéis, o mesmo que uma buzina ou um trem do metrô.
É claro que existem animais que fazem mais barulho: baleias, leões, golfinhos. Mas nenhum tão pequeno. O autor principal do estudo, Jérome Sueur, comparou o barulho feito com o tamanho do corpo e concluiu: é o bicho mais barulhento do reino animal.
G1

Casal portador de HIV diz que sofre preconceitos no mercado de trabalho


Um casal, que é portador do vírus HIV há 20 anos e que não quis se identificar, afirma que já sofreu preconceito no trabalho por causa da doença, em Curitiba. O homem conta que perdeu o emprego depois de levar atestados ao chefe da empresa porque estava debilitado. Ao ser questionado pela demissão, o chefe "virou as costas e me ignorou", afirmou o soropositivo.
Veja a reportagem do Bom Dia Paraná, da RPC TV
A mulher explica que também já passou por uma situação parecida. "A pior decepção pra mim foi quando eu entrei em uma lanchonete e contei para a proprietária que eu era portadora de uma doença, mas não disse exatamente o que era. Ela [a proprietária] simplesmente deduziu que poderia ser o HIV e me despediu", contou.
O mercado de trabalho é uma das questões mais discutidas em reuniões de grupos de apoio, segundo presidente da ONG Amigos, Dino Lopes.
"Em muitas vezes a demissão é 'forçada' nas empresas. Eles [os donos de empresas] começam a induzir as pessoas a mudar e diminuir os padrões de trabalho, se sentir cada vez menos útil e com isso, eles [os funcionários] acabam ficando depressivos", explicou.
"Hoje em dia é perfeitamente normal ter um funcionário com HIV em uma empresa, ele pode trabalhar tão bem quanto uma pessoa que não é portadora da doença", finalizou Lopes.

G1

Tite admite: 'O resultado mais justo seria o empate'


O Corinthians saiu de Pituaçu líder do Campeonato Brasileiro, mas sem deixar o técnico Tite  totalmente satisfeito. Após a vitória por 1 a 0, nesta quarta-feira, em Salvador (assista aos melhores momentos), o treinador admitiu que o Bahia merecia ter chegado ao empate e fugiu da badalação por chegar ao primeiro lugar com um jogo a menos que a maioria dos rivais.
- Não fizemos um bom primeiro tempo. Foi melhor no segundo, eu cobrei no intervalo. Fizemos 20, 25 minutos do segundo tempo bem, mas depois caímos no finalzinho, e teve o sufoco do Bahia. O campeonato dá e tira. O resultado mais justo seria o empate, assim como contra o Flamengo (1 a 1) seria a nossa vitória. Hoje, o campeonato nos devolveu – afirmou.
Julio Cesar se destacou no segundo tempo com defesas importantes, evitando o gol do Tricolor baiano. Para Tite, porém, a chegada do adversário só aconteceu em chutes de longe ou jogadas de bolas paradas, o que mostra a força defensiva do Timão.
- O Julio esteve bem, mas foram finalizações de média distância. Sempre peço para não dar possibilidade de infiltração aos adversários. É inevitável a bola de média distância. Aí te vira, Julio – ressaltou.
O triunfo no Nordeste colocou o Corinthians com 16 pontos, um a mais que o São Paulo, derrotado pelo Botafogo, no Morumbi. O Timão ainda tem um jogo a menos, contra o Santos, dia 10 de agosto, na Vila Belmiro. O treinador alvinegro não dá tanta importância ao primeiro lugar neste momento.
- A referência importante no campeonato se dá com 13 ou 15 rodadas. Campeão vai ser quem estiver no bloco de cima no último terço. Estamos caminhando – completou.
G1

Igreja Católica denuncia 'abandono' dos povos indígenas no Brasil


BRASÍLIA - O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), organismo do Episcopado brasileiro, denunciou nesta quarta-feira, 29, o "abandono", a "crítica" situação sanitária e a "crescente violência" contra os índios do país, problemas muitas vezes vinculados a conflitos pela terra.
Andre Lessa/AE
Andre Lessa/AE
Dados apontam que os índices de mortalidade infantil aumentaram '513% em relação a 2009'

No ano passado, 92 crianças indígenas morreram por falta de cuidados médicos ou por problemas de saúde das mães na hora do parto, enquanto 60 índios adultos foram assassinados e outros 152 estão sob ameaça de morte, afirma um relatório do Cimi relativo a 2010 e divulgado parcialmente nesta quarta-feira.
O relatório estabelece que os índices de mortalidade infantil em algumas tribos aumentaram "513% em relação a 2009" e cita a população xavante como a mais afetada, com "60 bebês mortos para cada 100 nascidos vivos".
Na maioria dos casos, o Cimi indica que as causas das mortes são a desnutrição, os problemas respiratórios e diversos tipos de doenças infecciosas.
O relatório também cita, embora não precise onde ocorreram, 33 casos de "invasões" de terras indígenas por parte de pessoas alheias a essas comunidades e dedicadas "à exploração ilegal de recursos naturais".
O comunicado do Cimi contém declarações da antropóloga Lúcia Helena Rangel, coordenadora do relatório, que denuncia o "abandono" que os povos indígenas sofrem por parte do Estado.
"Tudo continua igual. O cenário é o mesmo há anos e os fatores de violência se mantêm", declarou Lúcia.
Segundo o bispo Erwin Kräutler, presidente do Cimi, os índios brasileiros "continuam cravados na cruz, são violentados e assassinados ou expulsos de suas terras ancestrais, reduzidos a párias da sociedade e tratados como animais ou vagabundos", "sem as mínimas condições de sobrevivência física e muito menos cultural".
O Cimi afirmou que o estudo se apoia em informações da Polícia Federal e do Ministério Público, embora tenha esclarecido que "não estão contemplados todos os casos", por isso que o conteúdo do relatório "indica apenas uma tendência".
Estadão

SP testa pílula 4 em 1 contra enfarte e AVC


Uma superpílula, que reunirá num único comprimido quatro medicamentos para combater as doenças cardiovasculares, deve ser testada em 22 hospitais do País dentro de quatro meses. Estudos iniciais, feitos no Brasil pelo Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, indicaram que a polipílula reduziu em até 60% os riscos de uma pessoa sofrer enfarte ou acidente vascular cerebral (derrame) no futuro, além de controlar o colesterol e a pressão arterial. Outros seis países participaram da primeira fase dessa pesquisa.
O multicomprimido combina duas substâncias para o controle da pressão arterial, uma de controle do colesterol e outra para a prevenção de entupimento dos vasos sanguíneos do coração. Comprovada a função preventiva do remédio, agora os pesquisadores irão verificar como atua em pacientes que já tiveram problemas cardiovasculares.
O Ministério da Saúde já aguarda esses resultados para incluir o medicamento na lista de remédios distribuídos gratuitamente – o que deve ocorrer em 2013. No País, as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte.
Cerca de dois mil pacientes brasileiros que já tiveram enfarte ou derrame testarão o produto, por 18 meses, nessa segunda fase de pesquisas. Outros cinco países também participarão dessa etapa. “Na previsão mais pessimista, o tratamento dos pacientes (fase experimental) deve iniciar em outubro ou novembro”, conta Otávio Berwanger, diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital do Coração e coordenador nacional da pesquisa.
Ao todo, oito mil pessoas receberão o remédio multifuncional no mundo. “Estamos na fase regulatória nos comitês éticos hospitalares e na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e aguardamos a aprovação”, completa Berwanger. Ele conta que os resultados da primeira fase, da qual participaram 400 voluntários, animaram os especialistas. Na ocasião foram avaliadas pessoas com risco cardiovascular moderado.
“Consideramos ‘moderados’ os pacientes que nunca sofreram enfarte ou AVC, mas têm predisposições, como fumo, sedentarismo, obesidade ou pressão alta”, explica Berwanger. Os primeiros estudos sobre a superpílula começaram em 2006.
Adesão ao tratamento
Além de reduzir o risco cardiovascular dos pacientes, controlando a pressão e as taxas de colesterol, o remédio não oferece reações adversas diferentes daquelas já esperadas para o tratamento convencional – náuseas, dores de estômago e cabeça, além de sangramentos. “Tudo com uma única pílula”, ressalta o cardiologista Elias Knobel.
Mas a principal vantagem da superpílula, sob o ponto de vista clínico, é a possibilidade maior de adesão ao tratamento que ele oferece aos pacientes. “No ambulatório do Instituto do Coração (InCor), as pessoas tomam até dez fármacos diferentes. Isso pode representar 25 tomadas diárias de remédios. Quem toma isso?”, questiona Luiz Antonio Machado César, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo e cardiologista do InCor.
Para Knobel, ainda que a maioria das substâncias usadas no tratamento das doenças cardiovasculares tenha a patente ‘aberta’ (estão disponíveis em versões genéricas), o gasto com a compra de um único remédio seria ainda menor. De fato, pelos cálculos do Ministério da Saúde, o paciente deverá desembolsar aproximadamente R$ 205 ao ano para a compra do comprimido multifuncional – um quarto do que é gasto hoje.
César ressalta, contudo, os perigos do consumo de substâncias desnecessárias pelos pacientes. “A pessoa pode não ter necessidade usar dilatadores de vasos, mas tomá-los na polipílula”, diz o cardiologista. Já Berwanger, explica que os efeitos colaterais são os mesmos quando os remédios são tomados separadamente.
FELIPE ODA

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Fundo Global amplia tratamento de Aids a 3,2 milhões de pessoas


O Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária anunciou na terça-feira que 3,2 milhões de pessoas infectadas pelo HIV recebem tratamento por meio de programas financiados pelo fundo, registrando um aumento de 14 por cento em relação ao ano passado, mas alerta que é preciso "esforço renovado" para seguir avançando.
Segundo a iniciativa, no último ano mais de 400 mil pessoas infectadas pelo HIV passaram a receber tratamento com anti-retrovirais através de programas apoiados pelo fundo. Em junho de 2010, o total de pessoas que recebiam medicamentos era de 2,8 milhões.
"Estes progressos nos dão a esperança de poder alcançar o ambicioso objetivo definido pela comunidade internacional no início deste mês de proporcionar tratamento a 15 milhões de pacientes com Aids até 2015", disse o diretor-executivo do Fundo Global, Michel Kazatchkine, em comunicado. Atualmente, cerca de 6,6 milhões de pessoas recebem tratamento contra Aids no mundo.
Apesar de ambiciosa, essa meta não deve ser temida, segundo Kazatchkine, que listou como base para avançar nesse sentido o comprometimento político, a mobilização social, os avanços científicos e acesso a recursos.
O diretor-executivo do fundo lembrou, no entanto, que no momento não há todos os recursos necessários e que é preciso criar uma estratérgia que permita alcançar essa meta até 2015. No caso, além dos tradicionais doadores, como os países do G8 (grupo que reúne as oito principais economias mundiais), é preciso voltar-se ao G20.
Segundo Kazatchkine, que participa em São Paulo de um fórum de parceiros do Fundo Global, o Brasil pode ter um papel importante nesse sentido, assim como no passado já liderou a iniciativa entre países em desenvolvimento de combinar tratamento e prevenção para deter o avanço da doença.
De acordo com dados do Unaids, programa da ONU para HIV/Aids, o número de pessoas vivendo com o HIV chegou a 34 milhões no final de 2010, ante 33,3 milhões no ano anterior. O gasto no combate à doença no ano passado chegou a quase 16 bilhões de dólares em países de renda baixa e média.
O Fundo Global divulgou também avanços na prevenção da malária e no tratamento da tuberculose, ampliando este último a mais 1,2 milhão de pessoas entre junho de 2010 e junho deste ano. Com isso, 8,2 milhões de pessoas receberam tratamento para tuberculose desde 2003.
(Por Maria Pia Palermo) 

Começo do inverno deve reforçar cuidados com a saúde, diz especialista


BRASÍLIA - Com o começo do inverno às 14h16 de terça-feira, 21, os brasileiros devem se preparar para o frio mais intenso e suas consequências para a saúde.
Sergio Neves/AE
Sergio Neves/AE
No inverno, é comum o ressecamento da pele
De acordo com o meteorologista Hamilton Carvalho, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) a característica do inverno no Brasil muda de acordo com a região. "No Nordeste o inverno é chuvoso. Já no Sul, Sudeste e Centro-Oeste o clima é frio e sem chuvas. Porém, o Centro-Oeste sofre ainda pelo clima seco que afeta a região".
A diminuição da umidade relativa do ar, a queda da temperatura e os ventos frios são os principais causadores de gripes, resfriados e alergias nesta estação.
Para Ricardo Martins, professor de pneumologia da Universidade de Brasília (UnB), o principal cuidado é se agasalhar, manter uma boa alimentação e ingerir mais líquidos em localidades onde o clima é seco. "É importante que as pessoas usem sempre agasalhos para manter a temperatura do corpo em um nível ideal, mesmo na prática de exercícios. Os alimentos ajudam na temperatura corporal e também é importante o uso de vacinas contra a gripe".
Também são recomendados outros cuidados, como evitar lugares fechados, úmidos e com grande aglomeração de pessoas. "Esses lugares devem ser evitados principalmente por pessoas que apresentam doenças respiratórias, pois a época é característica deste tipo de doença".
lista DICAS DE SAÚDE
link Use soro fisiológico nos olhos e nas narinas em caso de irritação em dias secos
link Evite exposição prolongada a ambientes com ar-condicionado quente ou frio
link Mesmo com o frio, é importante manter o cuidado com o sol, utilizando protetor solar com fator de acordo com a sua necessidade de proteção
link As pessoas com alergia devem ficar atentas a cobertores que soltam pelos
link Substituí-los por mantas de tecido ou algodão pode auxiliar na prevenção de rinite
link Evite banhos com água muito quente, que provocam ressecamento da pele
link Durma em local arejado e umedecido. Pode utilizar umidificadores de ar, toalhas molhadas
Agência Brasil com Jornal da Tarde

Inca capacita médico para identificar câncer de útero


O Instituto Nacional do Câncer (Inca) e o Instituto Fernandes Figueira, ligado à Fundação Oswaldo Cruz, criaram um programa de capacitação de ginecologistas para padronizar o diagnóstico do câncer de colo de útero no País. Doze Estados iniciaram o processo de criar centros regionais de qualificação dos profissionais. O programa divulgará as novas diretrizes para o rastreamento desse câncer, conforme o Estado antecipou em março. As novas normas serão divulgadas oficialmente no 14.º Congresso Mundial de Colposcopia e Patologia Cervical, que começa no dia 4, no Rio.
"Algumas escolas ainda ensinam que se deve esperar a biopsia para tratar a lesão, enquanto a recomendação internacional é ser o mais ágil possível e tratar a lesão na hora do exame", afirma o médico Fábio Russomano, vice-diretor de ensino do Fernandes Figueira.
Novas regras. Entre as novas diretrizes está a que prevê a ampliação da faixa etária para o exame preventivo até os 64 anos, em vez dos 59 atuais. Outra estabelece que paciente que tenha tratado de lesão precursora de câncer deve fazer dois exames no primeiro ano, com intervalo de seis meses, e repeti-lo a cada três anos. A diretriz anterior previa o acompanhamento de pacientes com menos de 20 anos, diagnosticadas com a lesão e o tratamento assim que ela chegasse a essa idade. Agora, a recomendação será para que cada médico avalie caso a caso a melhor medida.
Essa decisão foi tomada porque o tratamento pode trazer problemas para gestações futuras, já que há a retirada de uma parte do colo do útero que pode dificultar a gravidez ou levar ao parto prematuro. 
Clarissa Thomé / RIO - O Estado de S.Paulo

Desemprego na região metropolitana de SP em maio é o menor desde 1990


SÃO PAULO - A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo passou de 11,2% em abril para 10,7% em maio, menor taxa para o mês desde 1990. O dado faz parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em maio de 2010 a taxa de desemprego na RMSP estava em 13,3%.
No mês passado, o total de desempregados na região foi estimado em 1,152 milhão de pessoas, 45 mil a menos que em abril, o que, segundo a pesquisa, resulta da criação de 124 mil ocupações. No período, a taxa de desemprego total caiu no município de São Paulo de 10,8% para 10,2%. Nos demais municípios da região metropolitana a taxa caiu de 11,8% para 11,2%. Na região do ABC, a taxa permaneceu relativamente estável, ao variar de 10,5% para 10,6%.
Os rendimentos médios reais dos ocupados da Região Metropolitana de São Paulo registraram queda de 1,5% de abril ante março, a sexta redução mensal consecutiva, e passou a R$ 1.480. A massa de rendimentos dos ocupados caiu 0,7% am abril ante março, quarto recuo mensal consecutivo. Os rendimentos médios dos ocupados em abril superaram em 6,3% os observados em abril de 2010. A massa de rendimentos cresceu 8,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Gustavo Uribe, da Agência Estado

Linha Amarela do Metrô de São Paulo começa a funcionar até as 21h


SÃO PAULO - As estações da Linha 4 - Amarela do Metrô de São Paulo terão o horário de funcionamento ampliado a partir desta quarta-feira, 29. As estações Paulista, Faria Lima, Pinheiros e Butantã vão operar das 4h40 às 21h de segunda a sexta-feira. Até agora, a Linha Amarela funcionava das 4h40 às 15h, de segunda a sexta-feira.
O novo horário de funcionamento da Linha 4 - Amarela foi anunciado pelo governador Geraldo Alckmin durante a vistoria da nova estrutura da estação Pinheiros da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
A companhia havia anunciado que o as estações funcionariam até a meia-noite. O Metrô, porém, informou que, por enquanto, os trens passam por alguns testes e que a linha funcionará apenas até as 21h.
Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, com a medida, será possível antecipar a entrega das novas estações (República e Luz) de outubro para setembro, e assim realizar a integração com as linhas 3 - Vermelha (Palmeiras/Barra Funda-Corinthians/Itaquera) e 1 - Azul (Jabaquara-Tucuruvi).
Até setembro, o Metrô de São Paulo pretende iniciar a segunda fase da Linha 4 - Amarela, que compreende a complementação das estações Fradique Coutinho, Oscar Freire, Higienópolis/Mackenzie e São Paulo/Morumbi.
João Paulo Carvalho - estadão.com.br