sexta-feira, 27 de julho de 2012

Parto em casa divide especialistas; veja opiniões a favor e contra


A decisão do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) de proibir e punir disciplinarmente médicos que participarem da realização de partos domiciliares tem causado polêmica entre especialistas que são favoráveis ou contrários à prática.
Ouvidos pelo G1, médicos obstetras se dividem quanto à realização do parto em casa, sem a ajuda hospitalar. Para uns, não é seguro porque possíveis complicações durante o procedimento podem levar a graves consequências à gestante e ao feto. Para outros, a técnica não oferece risco e evita intervenções cirúrgicas e aplicação de medicamentos.
Segundo Mário Macoto Kondo, obstetra do Hospital das Clínicas de São Paulo, dar à luz em casa é um evento imprevisível, com risco de intercorrências, mesmo que elas aconteçam em em apenas 1% dos partos.
“A gestante pode sofrer um prolapso de cordão (quando o cordão umbilical sai na frente do bebê), um período expulsivo prolongado, onde necessita a utilização da fórceps para abreviar o parto ou ainda complicações hemorrágicas, além da retenção da placenta. Esses são alguns dos exemplos que posso citar para não sugerir o procedimento domiciliar”, diz Kondo.
Apoio afetivo, físico e emocional
Já o médico obstetra e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Jorge Francisco Kuhn dos Santos diz que o parto domiciliar é uma opção para a mulher que deseja dar à luz com menos chances de sofrer intervenções que são costumeiras no ambiente hospitalar, consideradas dolororas e, muitas vezes, danosas.

"Evita, por exemplo, a realização de procedimentos como a episiotomia (um corte cirúrgico feito no períneo, a região muscular que fica entre a vagina e o ânus, para facilitar a saída do bebê). A mulher não recebe soro que força contrações uterinas e ainda evita o risco de procedimento cirúrgico desnecessário, como a cesariana. Quem opta pelo parto domiciliar tem conhecimento e consciência sobre o assunto", diz Santos.
Segundo ele, que trabalha com partos domiciliares há dez anos, ter um bebê em casa é seguro desde que sejam estabelecidas algumas regras. "Tem que ser um desejo da gestante; ela não deve ter doenças como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos ou outras intercorrências clínicas, ou seja, deve gozar de perfeita saúde; e deve haver um plano de contigência, em casos de emergência."
Nesta última exigência, o médico pede que a grávida deve verificar se está a, no máximo, 20 minutos de um hospital e se há meios rápidos de locomoção até o local de atendimento.
G1

Álcool pode acentuar em até três vezes efeito de remédios, diz estudo


Ingerir bebida alcoólica enquanto há uso de medicamentos pode ser mais perigoso do que se imagina, afirma um estudo divulgado nesta quinta-feira (16) no jornal científico “Molecular Pharmaceutics”.
De acordo com os pesquisadores, o álcool pode aumentar em até três vezes a dose original de medicamento e seu efeito no corpo.
Segundo Christel Berstrom, autor do estudo, o álcool pode alterar a interação de enzimas e de outras substâncias corporais quando entra em contato com ao menos 5 mil medicamentos disponíveis no mercado, vendidos com ou sem prescrição médica.
Alguns desses remédios não se dissolvem totalmente no trato gastrointestinal – especialmente no estômago e no intestino. Os pesquisadores testaram então se com o álcool, essas drogas poderiam se dissolver mais facilmente e descobriu-se que a combinação intensificava o efeito do medicamento.
Foram testados 22 remédios e 60% deles apresentaram mostras que teriam os efeitos superdimensionados. Alguns tipos de substâncias, principalmente as ácidas, são as mais afetadas – como o anticoagulante varfarina ,o tamoxifeno, usado para tratamento de cânceres e o naproxeno, responsável por aliviar dores e inflamações.
g1

10 minutos de exercício, 3x por dia – e uma saúde melhor


Apenas dez minutos de alguma atividade física aeróbica, desde que feita com um pouco de intensidade, três vezes ao dia, é tão benéfico para a saúde do que fazer meia hora de atividade física de uma vez  (a recomendação padrão dos médicos para sedentários em geral) – em alguns casos, esse exercício fracionado pode trazer até mais benefícios, segundo pesquisas recentes. A ideia dos trabalhos não é desestimular os praticantes de atividades físicas regulares e frequentadores de academia – muito pelo contrário, eles já estão bem encaminhados e não precisam de mais incentivos.
O objetivo dos médicos é conseguir ganhar a adesão dos sedentários convictos, daqueles que não têm tempo, recursos, disposição ou disciplina para se engajar numa rotina mais longa de exercícios, e que, na maioria das vezes, já estão com pressão alta e problemas cardiovasculares. Ao conseguir comprovar que com pequenas mudanças é possível reduzir seus problemas de saúde os médicos podem fazer orientações mais adequadas e realistas para esse perfil de paciente – o consenso é que para ter efeito é preciso ao menos de meia hora de atividade física.
Segundo estudo conduzido pelo professor Glenn Gaesser, do Healthy Research Center, da Universidade do Arizona, com dois grupos de voluntários sedentários e com pressão alta, os que fracionaram os exercícios em três momentos de dez minutos (um de manhã, um à tarde e um à noite) tiveram uma redução maior da pressão sanguínea em comparação com os que fizeram 30 minutos de uma só vez. Além disso, também na comparação, os que fracionaram os exercícios tiveram menos picos de pressão alta.
Essas conclusões vão ao encontro de outras pesquisas que também analisaram o impacto dos exercícios fracionados no organismo.  Um trabalho de pesquisadores canadenses mostrou que atividades de cinco minutos, algumas vezes ao dia, foram tão eficazes para reduzir os riscos cardíacos de crianças e adolescentes quanto sessões mais longas de exercício. Outra pesquisa, feita em New Hampshire, também chegou a conclusões parecidas em mulheres.
Ou seja, quem não consegue fazer pelo menos 30 minutos diários, se matricular numa academia ou mesmo colocar um tênis para caminhar na rua, pode fazer mudanças na rotina que já terão benefícios para a saúde. Dez minutos é bem pouco e é possível de se conseguir estacionando o carro mais longe na hora de ir trabalhar ou de parar no supermercado; trocando o elevador e subindo as escadas; optando por ir até a padaria a pé em vez de pegar o carro; levar o cachorro pra dar uma volta no quarteirão e até andar nos corredores do shopping…enfim, as possibilidades na própria rotina, sem precisar se paramentar para ir a uma academia, são várias.  Ninguém vai virar atleta com isso, mas esse, nesse caso, não é muito o objetivo.
Estadão

Homens com HIV podem ter sido curados após transplante de medula


Duas pessoas podem ter sido curadas do HIV após um transplante de medula óssea para tratar um câncer, segundo um estudo divulgado na Conferência Internacional sobre a Aids, em Washington.

O estudo, liderado pelo doutor Daniel Kuritzkes, do Hospital de Mulheres de Brigham, em Boston (Massachusetts), analisou a evolução de dois portadores de HIV que se submeteram a um transplante de medula óssea após a detecção de um câncer.

Os dois homens, infectados durante anos, tinham se submetido ao tratamento antiretroviral que suprimiu totalmente a reprodução do HIV, mas tinham o vírus latente antes do transplante, segundo a pesquisa.

Os dois receberam uma forma mais leve da quimioterapia antes do transplante, o que lhes permitiu seguir tomando seus remédios para o HIV durante todo o processo do transplante.

Segundo o estudo, os médicos detectaram o HIV imediatamente após o transplante, mas, com o tempo, as células transplantadas da doadora substituíram os próprios linfócitos dos pacientes, e a quantidade de HIV no DNA de suas cédulas diminuiu até o ponto de ficar indetectável.

Um paciente recebeu acompanhamento por quase dois anos após seu transplante, enquanto o outro foi testado durante três anos e meio, e "não há rastro do vírus" em nenhum dos casos, informaram os responsáveis pela pesquisa em comunicado.

"Acreditamos que a administração contínua de um tratamento antiretroviral que protege as células da doadora de infectar-se do HIV, enquanto eliminam e substituem as células dos pacientes, é efetiva para eliminar o vírus dos linfócitos do sangue dos pacientes", indicaram os especialistas.

Mesmo assim, os médicos se mantêm cautelosos e, quando questionado se os pacientes podem se considerar curados do HIV, Kuritzkes assinalou: "estamos sendo muito cuidadosos em não fazer isso".

Por enquanto, os dois homens estão tomando medicamentos antiretrovirais até que eles possam ser retirados aos poucos.

"Nunca seremos capazes de fazer transplantes de medula óssea nos milhões de pacientes que estão infectados, mas podemos estimular o vírus e eliminar essas células, podemos proteger as células restantes da infecção", assinalou Kuritzkes.

Estadão

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Aprenda a transformar água destilada em soro fisiológico.


Muitas vezes estamos no plantão e de repente,  nos deparamos com a falta de soro, tanto glicosado como fisiológico. Bora lá, aprender a resolver esse problema???
SF0,9% 500ml EV de 8/8h. Você não esse soro na casa, mas tem água destilada e NaCl20% cada ampola contendo 10ml. Vamos ao cálculo.

Primeira coisa a fazer é saber quantas gramas de sal tem no SF0,9%.
0,9g -------- 1ΦΦml
 X ----------- 5ΦΦml
1X= 0,9.5
  X= 4,5/1
 X= 4,5g
Bom, já sabemos que o soro que o médico quer tem que ter 4,5g de sal.
Segundo passo, é saber quantas gramas de sal tem na ampola de NaCl a 20%.
20g ----- 10Φml
  X  ------ 1Φml
10X= 20.1
   X=20/10
  X=2g
Já sabemos que a ampola de NaCl tem 2g.
Terceiro e último passo é saber, quantas gramas de sal tenho que colocar na água destilada, para transformá-la na prescrição médica.
10ml --------- 2g (ampola)
   X   --------- 4,5g
2X= 4,5.10
  X = 45/2
   X= 22,5ml
Preciso colocar 22,5ml de NaCl a 20% na água destilada para conseguir a quantidade de sal que o médico quer. Mas antes, teremos que desprezar 22,5ml dessa água, para que o volume seja exatamente o que o médico pediu e só depois acrescentar os 22,5ml de sódio. O paciente irá receber a quantidade de sal e o volume que o médico prescreveu.

Aprenda a transformação de água destilada em soro glicosado


Muitas vezes estamos no plantão e de repente,  nos deparamos com a falta de soro, tanto glicosado como fisiológico. Bora lá, aprender a resolver esse problema???

SG5% 500ml EV de 12/12h. Você não tem esse soro na instituição, mas tem água destilada 500ml e glicose a 50% cada ampola contendo 10ml. Vamos ao cálculo.

Primeira coisa a fazer é saber quantas gramas de glicose tem no soro glicosado que o médico prescreveu.

5g --------- 1ΦΦml
 X ----------5ΦΦml
1X= 5.5
 X=25/1
X= 25g
Bom, já sabemos que o médico quer um soro glicosado que contenha 25g de glicose.

Segundo passo, é saber quantas gramas de glicose tem na ampola de glicose a 50%
50g ------- 10Φml
 X --------- 1Φml
10X= 50.1
    X= 50/10
   X= 5g
Bom, já sabemos que a ampola de glicose tem 5g

Terceiro passo, saber quantas gramas de glicose irei colocar na água destilada de 500ml para transformá-la no SG5% que o médico prescreveu.

10ml ------- 5g (ampola de glicose)
  X  -------- 25g ( 25g do soro da prescrição médica)
5X= 10.25
  X= 250/5
X= 50ml
Preciso colocar 50ml de glicose a 50% na água destilada para conseguir a quantidade de glicose que o médico quer. Lembrando que, a água destilada tem 500ml, se eu colocar mais 50ml de glicose, o volume irá aumentar, então terei que desprezar 50ml da água destilada e acrescentar os 50ml de glicose. Pronto, o paciente irá receber a medicação no volume e porcentagem de glicose que o médico prescreveu.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Número de mortes por gripe A na Região Sul chega a 95

Os governos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul confirmaram nesta quinta, 12, a ocorrência de 11 novas mortes de pacientes com o vírus Influenza H1N1. Foram confirmadas mais cinco mortes em Santa Catarina e seis no Rio Grande do Sul.

Com os novos números, sobe para 95 o total de mortes registradas este ano nos três estados da Região Sul – 52 em Santa Catarina, 29 no Rio Grande do Sul e 14 no Paraná, que divulgará o próximo balanço apenas na próxima segunda-feira, 16. Em 2012, ultrapassa de 1,4 mil casos confirmados da influenza A (H1N1) - gripe suína na região.
Um balanço atualizado até o último dia 3 pelo Ministério da Saúde aponta 110 mortes provocadas pela doença em todo o Brasil este ano. O número equivale a 5,3% do total de mortes notificadas em 2009, auge da pandemia, quando 2.060 pessoas morreram no país.
Dos casos de morte já contabilizados pelo Ministério da Saúde este ano, 62,7% se concentram na Região Sul. O clima frio do inverno facilita a transmissão do vírus.
O Brasil registrou 27 mortes em 2010 e 113 em 2011. O fim da pandemia foi decretado em agosto de 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O ministério retirou o medicamento antiviral oseltamivir, conhecido pela marca Tamiflu, da lista de substâncias sujeitas a controle especial. O objetivo da medida é facilitar o acesso ao remédio, usado no tratamento da gripe, que passa a ser comercializado nas farmácias com receita médica simples, e não mais em duas vias. O antiviral também está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
Lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar tocar a face com as mãos, proteger a tosse e o espirro com lenço descartável, evitar aglomerações e ambientes fechados são algumas das formas de prevenir a transmissão da doença.
Os médicos de todo o país estão orientados a prescrever o Tamiflu aos pacientes que apresentarem quadro de síndrome gripal, mesmo antes dos resultados de exames ou sinais de agravamento. Para atingir sua eficácia máxima, o antiviral deve ser utilizado nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
A síndrome gripal se caracteriza pelo surgimento simultâneo de febre, tosse ou dor de garganta, somados à dor de cabeça, dor muscular ou nas articulações.
Estadão

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Diário Oficial de SP recomenda que ciclistas não devem pedalar na capital

Diário Oficial do Estado (DOE), órgão de imprensa editado pelo governo estadual de São Paulo, recomendou que ciclistas não usem a bicicleta para se locomover no trânsito da capital paulista. A recomendação faz parte de reportagem que saiu hoje com destaque na primeira página da publicação, intitulada "Mais ciclistas, mais acidentes". Segundo o texto, 3,4 mil ciclistas foram internados nos hospitais estaduais no ano passado, o que gerou custo de R$ 3,2 milhões ao governo.

A reportagem ouviu apenas um especialista, o chefe do grupo de trauma ortopédico do Hospital das Clínicas (HC), Jorge dos Santos Silva. O médico afirmou que não é recomendado que ciclistas pedalem no trânsito de São Paulo. Pedalar, segundo ele, "é uma opção segura de lazer em cidades menores, parques públicos e em ciclovias (sic) instaladas na capital, aos domingos." A recomendação também aparece com destaque na legenda da foto, que mostra um ciclista pedalando em uma rua paulistana.
De acordo com o médico, nesses seis primeiros meses de 2012, houve quase tantas internações de ciclistas acidentados no HC do que em todo o ano passado inteiro, o que seria um reflexo do aumento no número de bicicletas no trânsito da cidade. Outra parte da matéria traz recomendações atribuídas à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para que o leitor "não seja a próxima vítima". Uma delas diz que "o tráfego em avenidas, apesar de permitido, é prática pouco segura para o ciclista."
A bicicleta é um dos veículos autorizados a circular sobre as vias urbanas e rurais pelo Código de Trânsito Brasileiro. A legislação federal diz que os ciclistas têm preferência sobre os veículos automotores e estipula dois tipos de multas diferentes para os motoristas que não respeitam a bicicleta: deixar de guardar a distância lateral de 1,5 m ao passar ou ultrapassar bicicleta (infração média) e deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito ao ultrapassar ciclista (infração grave).
Essa mesma lei diz que é dever dos órgãos do poder Executivo, incluindo os estaduais, planejar e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas.
Bandeirantes.  O governo estadual enviou uma nota no início da noite e informou que é "absolutamente favorável à ampliação do uso de bicicletas na capital e em todo o Estado, não só para lazer como também para trabalho" e que a opinião do ortopedista não reflete o que pensa a administração. Segundo a nota, prova disso são os esforços "já realizados ou em curso para aprimorar a oferta deste tipo de transporte à população" de São Paulo.
Entre os exemplos citados pelo governo, estão a ampliação da ciclovia do Rio Pinheiros, inaugurada em fevereiro, e a operação de ciclovias e bicicletários ao longo das linhas de metrô e de trem. Além disso, o governo afirmou que vai construir uma ciclovia de 13 quilômetros até 2014 que vai ligar oito municípios da Região Metropolitana de São Paulo.
Estadão

Total de mortes por gripe A este ano é 5,3% do registrado em 2009

O número de 110 pacientes mortos entre aqueles que contraíram o vírus Influenza H1N1 este ano no Brasil equivale, até o momento, a 5,3% do total de mortes ocorridas em 2009. Naquele ano, foram 2.060 vítimas. Os novos casos da doença estão atualizados pelo Ministério da Saúde com dados até 3 de julho.

No auge da pandemia da influenza A (H1N1) - gripe suína - as autoridades epidemiológicas afirmam que o país estava menos protegido. "Há três anos, a situação era absolutamente outra. Não tínhamos a medicação nem a vacina, e os serviços de saúde tinham dificuldade para atender os casos graves", explicou à Agência Brasilo superintendente de Vigilância em Saúde do Paraná, Sezifredo Paz.
Por outro lado, o número de óbitos ocorridos em 2012 já é bem superior ao registrado em todo o ano passado (27 mortes), e está bem próximo ao patamar de 2010 (113). O fim da pandemia foi decretado em agosto de 2010 pela Organização Mundial da Saúde.
Conforme dados atualizados esta semana, os três estados da Região Sul registram este ano 84 mortes - 47 em Santa Catarina, 23 no Rio Grande do Sul e 14 no Paraná. A região registra mais de 1,3 mil casos confirmados da doença este ano.
Nesta quarta-feira, 11, o Ministério da Saúde retirou o medicamento antiviral oseltamivir, conhecido pela marca Tamiflu, da lista de substâncias sujeitas a controle especial. O objetivo da medida é facilitar o acesso ao remédio, usado no tratamento da gripe, que passa a ser comercializado nas farmácias com receita médica simples, e não mais em duas vias. O antiviral também está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), gratuitamente.
Entre as orientações de prevenção contra a doença estão lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar tocar a face com as mãos, proteger a tosse e o espirro com lenço descartável, evitar aglomerações e ambientes fechados. "O foco agora não é a vacina, são as medidas de prevenção e o tratamento imediato", ressalta Paz, ao ser questionado sobre a falta de vacina na rede privada.
Os médicos de todo o país estão orientados a prescrever o Tamiflu aos pacientes que apresentarem quadro de síndrome gripal, mesmo antes dos resultados de exames ou sinais de agravamento. Para atingir sua eficácia máxima, o antiviral deve ser utilizado nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas. A síndrome gripal se caracteriza pelo surgimento simultâneo de febre, tosse ou dor de garganta, somados a dor de cabeça, dores musculares ou nas articulações.
O governo do Rio Grande do Sul informou que o calendário das férias escolares de inverno não será alterado na rede estadual de ensino. Algumas escolas municipais, em especial na região noroeste, optaram por antecipar as férias em uma semana. "Na ausência de um agravamento da situação da incidência da gripe H1N1, as férias nas escolas estaduais não serão antecipadas", diz trecho de nota divulgada pelo governo gaúcho.
As autoridades estaduais e federais não recomendam mais medidas desse tipo, que chegaram a ser adotadas em 2009. Além do reforço da prevenção e do diagnóstico rápido, a orientação é de que crianças ou adultos gripados permaneçam em repouso por uma semana, para evitar a transmissão da doença. 
Estadão

Mãe dá à luz gêmeos em países diferentes


Uma britânica de Northumberland, na Grã-Bretanha, deu à luz gêmeos com menos de duas horas de diferença, mas em dois países diferentes.
Donna Keenan com os gêmeos Dylan Joseph e Hannah Rose - BBC
BBC
Donna Keenan com os gêmeos Dylan Joseph e Hannah Rose
Donna Keenan, de 28 anos, deu à luz Dylan Joseph às 22h (horário local) no dia 1 de julho na sala de sua casa em Wooler, no extremo norte do país.
Depois de ser levada de ambulância para o Hospital Geral Borders, em Melrose, na Escócia, a 65 quilômetros de sua casa, o segundo bebê, Hannah Rose, nasceu, às 23:40.
Keenan e seu namorado, Joe Fox, de 24 anos, estavam assistindo à final da Eurocopa 2012 quando ela entrou em trabalho de parto.
Viagem 'longa'
Ela contou que tinha acabado de voltar do hospital para um exame de rotina quando as contrações começaram rapidamente e sua bolsa d'água se rompeu.
"Tivemos que chamar um paramédico porque não íamos conseguir chegar ao hospital", disse à BBC.
O paramédico pediu que Keenan deitasse no chão de sua sala porque o primeiro bebê estava a ponto de nascer.
"Foi assustador porque não sabíamos o que ia acontecer. Quando dei por mim, ele tinha nascido."
Mas os paramédicos decidiram levar a mãe para o hospital mais próximo antes que o segundo bebê começasse a sair.
"Pareceu a viagem mais longa do mundo. O hospital fica a cerca de uma hora de Wooler e eles ficavam me dizendo 'não faça força!'", disse.
Enquanto isso, Fox e sua mãe viajavam em outra ambulância com o bebê Dylan.
O namorado de Keenan diz que previu que ela teria os filhos naquele dia.
"Foi minha culpa, eu brinquei naquela manhã que ela estava proibida de entrar em trabalho de parto enquanto a final estivesse acontecendo", disse. 
Estadão

terça-feira, 3 de julho de 2012

Hospital deixa de receber repasse do governo e cancela cirurgias agendadas

O Hospital São Paulo, vinculado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), suspendeu na segunda-feira, 2, todas as cirurgias eletivas (agendadas) porque está desde março sem receber o repasse do governo federal referente ao Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf).

A decisão foi tomada na sexta-feira pelo conselho gestor do hospital, após sua assessoria financeira apontar a necessidade de um plano de contingência para diminuir as despesas nos próximos 40 dias. A situação será reavaliada a cada 48 horas.
"Não consigo honrar a folha de pagamento, comprar remédios, comprar insumos e pagar comida sem ter essa verba de custeio. Fizemos todos os esforços orçamentários possíveis", diz José Roberto Ferraro, diretor-superintendente do hospital, que também pediu ajuda às Secretarias de Saúde do Estado e do município para driblar o problema.
O Hospital São Paulo é um dos maiores do País em atendimento de pacientes do SUS. A ordem da direção é para que os departamentos de todas as especialidades não chamem mais nenhum doente para ser operado.
Segundo Ferraro, a unidade faz uma média de 2,8 mil cirurgias por mês, das quais 1,5 mil são de pacientes agendados - aqueles que serão afetados diretamente pela medida. As demais são cirurgias de pacientes que já estão internados.
"Nossa medida tem zero relação com a greve (de técnicos e professores das universidades federais, que já afeta parte do atendimento em hospitais universitários), porque mais da metade dos profissionais do hospital é de celetistas, e não servidores federais. O problema aqui é falta dessa verba", afirmou o superintendente da unidade.
Duas fontes. Segundo Ferraro, o Hospital São Paulo tem duas fontes principais de recursos: parte vem da prestação de serviços ao SUS, que é de cerca de R$ 9 milhões por mês, e parte é o recurso federal proveniente do Rehuf. Essa verba é vinculada ao cumprimento de metas e é repassada para o hospital em duas parcelas por ano - o que representa cerca de R$ 5 milhões por mês.
Ferraro explica que os valores referentes a investimentos (para reformas, por exemplo) estão sendo repassados. O problema estaria no repasse da verba de custeio. "Esse é um recurso programado no nosso orçamento, que deveria ter sido liberado em março. Eu, sabendo que não vou conseguir comprar remédio nos próximos dias, tive de dar o primeiro passo, que é suspender as cirurgias menos urgentes. Não posso colocar o doente eletivo em risco", diz.
O problema não é exclusivo do hospital universitário da Unifesp. Outros centros ouvidos pelo Estado também reclamam de atraso no repasse de verbas do Rehuf.
Em Curitiba, o Hospital das Clínicas acusa endividamento e diz que manterá o serviço de atendimento apenas enquanto os fornecedores mantiverem as entregas. A assessoria da direção do hospital informou que há um déficit de 600 servidores no hospital, o que tem dificultado o cumprimento das metas exigidas pelo Ministério da Saúde.
Em Natal, o Hospital Universitário Onofre Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, já havia suspendido as cirurgias eletivas por causa da greve dos servidores, mas admite que o atraso tem causado transtornos. "Essa verba é essencial para vida cotidiana dos hospitais. É com elas que fazemos a compra de medicamentos", explica o diretor do hospital, José Ricardo Lagreca. Segundo ele, o Ministério da Saúde prometeu na sexta-feira passada que autorizaria o pagamento no máximo até hoje. "Vai ser um desafogo, pois é uma verba que já deveria ter vindo", afirma Lagreca.   COLABOROU BRUNO DEIRO
Estadão

EUA aprovam primeiro teste caseiro para diagnóstico de HIV


O governo americano anunciou nesta terça-feira, 3, a aprovação do primeiro teste caseiro para detectar o HIV.

O FDA (órgão que regulamenta alimentos e remédios) autorizou a comercialização do OraQick In-Home HIV Test, que proporciona, em 20 a 40 minutos, o resultado do exame de uma amostra de saliva.

O FDA advertiu que um resultado positivo não significa, definitivamente, que a pessoa esteja infectada com o vírus, e que deve ser confirmado por exames feitos por médicos.

A empresa OraSure Technologies, fabricante do teste, diz que é 'o primeiro teste rápido de diagnóstico para uma doença infecciosa aprovado pelo FDA para venda sem receita".

"A aprovação do teste representa um grande avanço na detecção do HIV", diz em declaração o presidente e diretor executivo, Douglas Michels.

"Pela primeira vez as pessoas terão acesso a um teste oral que pode ser feito em casa e que permitirá conhecer sua condição no conforto de seu lar para que obtenham cuidados médicos se necessário."

O teste para o exame é uma versão para venda sem receita do exame OraQuick ADVANCE(R) HIV 1/2 Antibody Test, exame mais vendido no mercado, com milhões de unidades adquiridas por hospitais, clínicas e consultórios.

OraSure disse esperar que o novo produto esteja disponível para venda em outubro em mais de 30 mil farmácias americanas e pela internet.


Estadão

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Instituto Butantan desenvolve anti-inflamatório capaz de aliviar dores crônicas


O Instituto Butantan trabalha no desenvolvimento de um potente anti-inflamatório capaz de aliviar dores de difícil controle, anunciaram pesquisadores do órgão. De acordo com Renata Giorgi, uma das integrantes da equipe envolvida no projeto, testes já comprovaram a eficácia do medicamento, que seria um avanço em relação aos produtos disponíveis no mercado atualmente e seria administrados oralmente.
"Descobrimos que algumas células dos glóbulos brancos detêm uma proteína capaz de inibir dor proveniente de processo inflamatório. Com a síntese de um pedacinho dessa proteína, a gente conseguiu que houvesse viabilidade de administração", disse a pesquisadora. Segundo ela, o tratamento de dores crônicas, de lesão de nervos, é difícil, pois algumas drogas, como morfina, perdem a efetividade com o tempo.
Ela destacou que o estudo é inovador ao sintetizar uma proteína, chamada ligante de cálcio S100A9, produzida pelo próprio organismo. "Isso demonstra que, em determinadas condições, o próprio organismo tem capacidade de controlar a dor", disse. Para fabricação do medicamento, os cientistas identificaram que apenas um pequeno pedaço da proteína é suficiente, o que viabiliza os custos de produção. "Em termos de proporção de dose, essa droga é mais potente", declarou Renata.
O Instituto Butantan, porém, fez apenas alguns testes básico, e a pesquisa parte agora para os exames de toxicidade. "Antes de qualquer coisa, tem que se realizado o estudo toxicológico. Estamos numa fase de programar o início desses estudos. Hoje em dia, leva algo em torno de 20 anos pra se comprovar a eficácia de uma droga e conseguir colocá-la no mercado como medicamento", destacou a pesquisadora. Os estudos, que iniciaram há dez anos, continuam ainda com testes em animais.
Serão feitos ainda levantamentos sobre o nível de tolerância do medicamento. "O paciente que é submetido à droga que tem efeito analgésico pode, à medida que vai sendo administrada, ficar tolerante ao medicamento. Então, tem que ser aumentada a dose para que se tenha o efeito desejado. Nós ainda vamos fazer esses estudos", informou a pesquisadora.
Estadão