quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Novo ambulatório deve aumentar atendimento do Emílio Ribas em 67%


O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, centro especializado no tratamento de doenças infecciosas, inaugura nesta quinta-feira (1º) um novo ambulatório com capacidade de 300 leitos em São Paulo.
A novidade foi anunciada nesta quinta-feira (1º), Dia Mundial de Combate à Aids, doença que representa 70% dos atendimentos feitos no local.
Segundo David Uip, médico infectologista e diretor da instituição, o novo ambulatório deve aumentar o número de pessoas atendidas de 3 mil para 5 mil por mês. O investimento total foi de R$ 6 milhões, com gastos para a contratação de 60 novos profissionais.
Ao todo, serão 90 médicos, 28 enfermeiros e outros 16 funcionários como assistentes sociais, dentistas, nutricionistas e terapeutas ocupacionais. Além dos locais de atendimentos comuns, o novo ambulatório terá salas de pressão negativa - ambientes isolados para cuidar de pacientes com tuberculose.
O prédio estava desativado e não poderia ser destruído por estar próximo demais à Casa Rosada, edifício tombado como patrimônio e que serve hoje como museu do instituto. "Com essa mudança, nós iremos reduzir a demanda do prédio de internações, onde funcionava até agora o atendimento ambulatorial", diz Uip. Todo o projeto levou 2 anos e meio para ficar pronto.
Testes rápidos para diagnóstico de HIV também estarão disponíveis no local. Já comuns no mercado, esses procedimentos conseguem dizer em até 15 minutos se uma pessoa está ou não infectada. "Nos casos de resultado positivo, o paciente já será encaminhado e acolhido por nossa equipe, caso assim o deseje", afirma o médico.
Números da Aids
David Uip demonstrou preocupação com os números recém-divulgados sobre a Aids no Brasil. "Você nota um aumento nas doenças sexualmente transmissíveis no país", diz o especialista. "No caso da Aids, será preciso intensificar as ações com foco nos jovens entre 15 a 24 anos."

De acordo com o médico, o número de atendimentos no Emílio Ribas ligados a sífilis, HPV e até tuberculose também preocupa. "As pessoas simplesmente andam parando de se cuidar", alerta o infectologista.
Apesar dos números, Uip destaca a melhora na qualidade de vida dos soropositivos nos últimos anos. "A expectativa de vida é maior. Hoje eu defendo que uma mulher com HIV possa tentar passar por uma gravidez. Há técnicas para evitar a transmissão vertical", diz.

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