Relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas alerta que os avanços no combate à epidemia de aids conquistados até agora são frágeis e insuficientes. Para garantir que resultados nessa área se ampliem e se consolidem, a entidade acredita que seja preciso um esforço mundial e uma mudança na estratégia adotada atualmente.
Embora o número de pacientes em tratamento tenha aumentado de forma significativa e o registro de mortes e de novas infecções tenha caído, o documento mostra que há muito ainda o que caminhar. Em 2010, 6 milhões de pessoas recebiam remédios para controlar a doença. Um número bem acima dos 5,2 milhões registrados em 2009, mas aquém do necessário. Para cada paciente que inicia terapia com drogas antiaids, outras 2 são infectadas pelo HIV.
O documento, preparatório para discussão de alto nível da ONU sobre aids, marcada para junho, em Nova York, mostra que, passados 30 anos do início da epidemia, estratégias precisam ser mais ousadas para atingir meta também pretensiosa: zero de novas infecções, zero mortes provocadas pela doença, zero discriminação.
O secretário-geral Banki-Moon, em seu comunicado, defende a adoção de uma política mais focada, eficiente e sustentável.
"O relatório apresentado pelo secretário-geral faz alertas importantes sobre as lacunas que ainda temos a preencher. A mobilização e comprometimento dos mais altos níveis políticos dos países são de fundamental importância", disse o coordenador residente da ONU no Brasil, Jorge Chediek. A presidente Dilma Rousseff é convidada especial do secretário geral para reunião de junho. "O Brasil sem dúvida tem muito a contribuir durante a assembleia", completou.
Entre as metas traçadas pelo relatório estão redução de 50% na transmissão sexual do HIV, redução de 50% das mortes por tuberculose entre pessoas com aids e assegurar tratamento para 13 milhões de pessoas. Para que esses objetivos sejam alcançados, o secretário defende uma mobilização de impacto, formada por cinco diretrizes: uma revolução na prevenção de aids, baseada principalmente nos jovens, a revitalização da campanha de acesso universal ao tratamento e prevenção até 2015, a promoção da saúde e dos direitos humanos de mulheres e meninas e garantia que países se comprometam para cumprimento de estratégias e ações no campo da aids.
"Novos investimentos são imprescindíveis. Mas o importante é que eles sejam aplicados de forma eficiente", afirmou o representante do Programa das Nações Unidas para Aids (Unaids) no Brasil, Pedro Chequer. A ONU reconhece que o aumento dos recursos para a área não será tarefa fácil, sobretudo diante dos problemas enfrentados no Japão e dos reflexos que isso pode provocar na economia de outros países. "Nossos argumentos também são econômicos. O investimento no combate à aids poupa gastos significativos. A experiência no Brasil é um exemplo disso", observa Chequer.
O documento alerta ser imprescindível trazer uma lógica para a aplicação dos recursos. "A trajetória dos custos da aids é totalmente insustentável. É preciso centralizar recursos em ações sabidamente efetivas", afirma o documento. O trabalho mostra, por exemplo, que embora determinados grupos tenham risco acrescido para contaminação pelo HIV, como trabalhadoras do sexo, homens que fazem sexo com homens e usuários de drogas, os recursos investidos em prevenção para tais populações é bem menor do que o destinado para população em geral.
Fonte: Lígia Formenti / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Com a chegada dos coquiteis, AIDS deixou de ser sinônimo de morte, as pessoas não tem mais medo de morrer, pq tomando o medicamente vivem muito bem...O viagra também é um grande culpado, com a ajuda do viagra, cresce o número de idosos com Aids...pessoal, vamos nos prevenir, se possivel, usar preservativo até com o próprio conjuge.
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