quarta-feira, 6 de junho de 2012

Táxis elétricos começam a circular na segunda-feira

SÃO PAULO - Os primeiros carros elétricos da história de São Paulo chegarão às ruas da cidade na segunda-feira. Serão dois táxis, que farão ponto no cruzamento da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, na região central, e usarão a mesma tabela dos demais. Até o fim do ano, vão ganhar a companhia de outros oito veículos.

O projeto vem sendo discutido desde 2010. O modelo é o Nissan Leaf, produzido no Japão. Segundo o fabricante, o carro ainda não foi homologado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para ser vendido ao consumidor comum no Brasil. Os veículos só vão circular na cidade por causa de uma parceria "verde" entre a Prefeitura e a montadora.
A grande vantagem é a emissão zero de gases poluentes. Como a cidade é abastecida principalmente por energia hidrelétrica, também limpa, os ganhos ambientais são evidentes. Colocar a ideia em prática, porém, é algo tão complicado que precisou também do apoio da AES Eletropaulo e de empresas de frota de táxi. Os taxistas selecionados receberam o carro gratuitamente em regime de comodato e têm de seguir algumas regras. Entre elas, não circular fora da cidade e, de preferência, rodar apenas no centro expandido.
Os veículos são carregados por uma bateria ligada na tomada comum, mas o tempo de recarga (seis horas) e a autonomia do carro (160 quilômetros) são dois dos fatores que, se não fizessem parte de um programa piloto, inviabilizariam o uso de carros elétricos como táxis. Na comparação, um táxi comum roda, em média, 200 quilômetros por dia e enche o tanque em minutos.
Outra barreira, bem maior, para o consumidor final é o preço do veículo, que custa R$ 200 mil. Segundo a Nissan, a culpa é do excesso de impostos para a importação. "Basicamente, IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de 25%, mais os 30% extras anunciados pelo governo para importados, além de imposto de importação de 35% entre outras taxas", informou a assessoria de comunicação da montadora, que admite negociações com o governo federal para tentar reduzir os impostos.
Estadão

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