quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Ministério da Saúde retira de site vídeo criado para a comunidade gay


O Ministério da Saúde retirou do site do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais um vídeo para a campanha de carnaval que mostra dois jovens gays prestes a manter relações sexuais. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, diz que a decisão foi tomada porque o vídeo havia sido feito para apresentação em locais fechados. Mas a assessoria de imprensa da pasta informou que o material programado para ser veiculado na TV aberta, na próxima semana, era o mesmo que o do site, apenas mais curto.
Oficialmente, o material apresentaria incorreções, entre ela a a inexistência de legenda - Reprodução
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Oficialmente, o material apresentaria incorreções, entre ela a a inexistência de legenda
Movimentos sociais estranharam o fato de a campanha do carnaval, apresentada na semana passada, não ter sido veiculada na TV aberta até agora. "Pesquisas mostram que a aids avança entre público gay jovem. Há tempos reivindicamos que uma campanha seja dirigida para esse público. E isso tem de ser uma campanha de grande alcance", afirmou o presidente do Grupo Pela Vida, Mário Scheffer.
No programa de aids, surgiu a versão de que o material havia sido vetado pelo Planalto. O ministro nega. Oficialmente, o material apresentaria incorreções, entre ela a a inexistência de legenda. Mas no vídeo apresentado no site do departamento de aids, as inscrições estão lá. Questionado, o ministro afirmou que no dia 12 a campanha destinada ao público gay estará no ar.
A decisão do ministro de determinar a retirada do material foi considerada por organizações não governamentais como um claro sinal de recuo, principalmente diante de fatos que ocorreram no passado recente.
Em 2011, por decisão do Planalto, o Ministério da Educação (MEC) teve de voltar atrás e recolher material feito para distribuição nas escolas com foco no combate à homofobia.
Meses depois, outra frustração: no Dia Mundial de Aids, 1.º de dezembro, após anunciar a decisão de fazer uma campanha para os jovens homossexuais, o governo apresentou peças consideradas pouco eficientes, confusas e superficiais.
Estadão

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