segunda-feira, 7 de novembro de 2011

USP se compromete a não punir quem ocupou prédio da reitoria


SÃO PAULO - A USP se comprometeu a não punir os estudantes e servidores que ocuparam o prédio da reitoria. Também prometeu discutir com a comunidade acadêmica os termos do convênio que reforçou a presença da Polícia Militar no câmpus da zona oeste, assinado em setembro. A proposta, porém, depende dos manifestantes. Eles precisam entregar o edifício-sede "em ordem" até as 23h desta segunda-feira, informou a Assessoria de Imprensa da instituição.
A proposta de acordo foi formalizada na tarde desta segunda-feira durante encontro de representantes da reitoria com alunos e funcionários. O grupo que ocupa o prédio da administração central desde a madrugada da última quarta-feira vai discutir as condições da USP durante assembleia-geral marcada para as 20h.
A reunião, com cerca de três horas de duração, ocorreu no Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).
A reitoria afirma que, após a desocupação do prédio, vai formar dois grupos de trabalho mistos, compostos por representantes da administração, dos estudantes e dos funcionários, visando a "aprimorar" o convênio entre USP e PM e a examinar e "buscar promover a revisão conciliatória" de processos administrativos e disciplinares em curso contra alunos e servidores.
No sábado, durante a tentativa de negociação entre reitoria e manifestantes mediada pela Justiça, a universidade se comprometeu a não punir quem participou da audiência.
Os manifestantes pedem a saída da polícia do câmpus e a revogação do convênio entre USP e PM. Também pedem a retirada de processos contra alunos, funcionários e professores.
Reintegração de posse
O prazo dado pela juíza Simone Gomes Rodrigues Cassoretti, a 9.ª Vara da Fazenda Pública, para a saída pacífica da reitoria se esgota às 23h desta segunda-feira. A partir desse horário está permitido o uso de força policial.
No entanto, o comandante-geral da PM, coronel Álvaro Batista Camilo, disse na tarde desta segunda-feira, enquanto ocorria a reunião na FFLCH, que o prazo estabelecido pela Justiça não vale mais. Segundo ele, a USP precisa notificar a Justiça sobre o possível fracasso das negociações, para que a juíza Simone Gomes estabeleça um novo horário-limite para a saída dos manifestantes do prédio.
Agora a universidade espera o posicionamento dos estudantes e funcionários na assembleia.
Estadão

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