segunda-feira, 16 de maio de 2011

Farmacologia


FARMACOLOGIA
Farmacologia: É a ciência que estuda os fármacos, bem como a ação dos mesmos sobre o organismo.
Uma das maiores responsabilidades atribuídas ao profissional da saúde é o preparo e a administração de medicamentos. Qualquer erro pode trazer conseqüências fatais para o paciente.
Uma das maiores responsabilidades atribuídas ao profissional da saúde é o preparo e a administração de medicamentos. Qualquer erro pode trazer conseqüências fatais para o paciente.
Por isso, é indispensável que os profissionais dessa área tenham muito conhecimento, consciência e uma atuação extremamente cuidadosa.
Prescrições Médicas (PM)
            Toda PM deve conter:
       Nome do medicamento (genérico ou comercial);
       Dose/dia;
       Via.
É extremamente arriscado fazer prescrições verbais para o profissional de enfermagem, o que deve ser evitado, exceto em casos de absoluta urgência. Nessas situações emergenciais, o profissional o profissional deve anotar os procedimentos necessários na folha de prescrição do paciente, detalhando a medicação prescrita, o horário de administração dos medicamentos, as doses a serem administradas, as vias de administração e o nome do médico responsável pelo paciente. Feito isso, logo que possível, ele deverá obter a PM por escrito.
Das responsabilidades legais:
            As responsabilidades legais relacionadas com o preparo e a administração de medicamentos são norteadas pelo código de ética dos profissionais de enfermagem, que entrou em vigor com a resolução do COFEN nº 160, de 12 de maio de 1993.
 Capítulo III – Das responsabilidades
       Art. 16 – Assegurar ao cliente uma assistência livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.
       Art. 17 – Avaliar atenciosamente sua competência técnica e legal e somente aceitar encargos ou atribuições quando capaz do desempenho seguro para si e para a clientela.
       Capítulo IV – Dos deveres
       Art. 24 – prestar à clientela uma assistência livre de riscos decorrentes de imperícia, negligência e imprudência.
       Capítulo V – Das proibições
       Art. 47 – administrar medicamentos sem certificar-se da natureza das drogas que compõem e da existência de risco para o cliente.
       Art. 48 – prescrever medicamentos ou praticar ato cirúrgico, exceto os previstos na legislação vigente e em caso de emergência.
       Art. 50 – Executar prescrições terapêuticas quando contrárias à segurança do cliente.    
       Droga: qualquer agente químico capaz de alterar as funções do organismo.
       Medicamento: todo produto químico que tenha ação profilática (preventiva); terapêutica (curativa) ou diagnóstica (para fins diagnósticos).
       Preventiva: vacinas e a vitamina C, atuam na prevenção de doenças e sintomas.
       Curativa: os antibióticos, os anti-hipertensivos, os antieméticos, atuam na cura ou no alivio de enfermidades e sintomas.
       Diagnóstica: os contrastes radiológicos e os laxantes atuam como auxiliar de diagnósticos.
       DOSE
            A dose refere-se à quantidade de medicamento que deve ser dada a cada vez ao cliente.

       Dose mínima: é a menor quantidade de um medicamento capaz de produzir efeito terapêutico.
       Dose máxima: é a maior quantidade de um medicamento que pode ser administrada no organismo, capaz de produzir efeito terapêutico, sem contudo, apresentar efeito indesejáveis.
       Dose terapêutica: é a dose capaz de produzir efeito desejado.
       Dose de manutenção: é a dose necessária para manter os níveis desejáveis de medicamento na corrente sangüínea e tecidos, durante o tratamento.
       Dose tóxica: quantidade de medicamento que causa conseqüências graves.
       Dose letal: menor dosagem capaz de causar morte.
       Efeitos
       Efeito colateral: efeito paralelo ao terapêutico, esperado mais não desejado.
       Efeito adverso: efeito incomodo e nocivo, não esperado nem desejado.
       Efeito teratogênico: produz mal formação no feto.
Agonista e Antagonista
       → Agonista: fármacos que produz efeitos biológicos;
       → Antagonista: fármaco que faz com que o agonista faça o efeito contrário.
       Origem dos medicamentos
            Os medicamentos podem ter origem natural, sintéticos e semisintéticos.
       Naturais: produzidos a partir de animais, vegetais ou vegetais.
       Animal: extraídos de glândulas de animais como a insulina que é extraída da glândula de boi e porco e produtos de peçonhas de cobra como é o caso do soro antiofídico e medicamentos como captopril que é um anti-hipertensivo.
       Vegetal: extraído de diversas partes das plantas como a digitalina que é retirada de uma planta e é cardiotônica.
       Mineral: extraídos de minérios → ferro, cálcio, bicarbonato de sódio, entre outros.
       Sintéticos: são produzidos em laboratório, não sendo encontrado na natureza. Ex.: aspirina.
        
       Semi-sintético: são produzidos por modificação de produtos naturais. Ex.: penicilina (antibiótico); morfina (ópio).
        
TIPOS DE AÇÃO DOS MEDICAMENTOS
            Os medicamentos podem ter ação local ou sistêmica.
       Ação local: quando o medicamento age no próprio local onde é aplicado ( na pele ou na mucosa), sem passar pela corrente sangüínea, ou quando age diretamente no sistema digestório. Ex.: óvulos vaginais e colírios (aplicados na mucosa) e alguns anti-acidos que neutralizam a ação do suco gástrico e são eliminados sem ser absorvidos.
       Ação Sistêmica: na ação sistêmica o principio ativo precisa primeiro ser absorvido e entrar na corrente sangüínea para, só depois, chegar ao local de ação. Ex.:
       O paciente toma um comprimido de ácido acetilsalicílico, somente depois de ser absorvido no estômago e entrar na corrente sangüínea, é que esse princípio ativo chegará ao local de ação → a cabeça, aliviando a dor do cliente.
       O paciente recebe uma injeção de furosemida, ao ser injetado na veia do cliente, a droga entra na corrente sangüínea, chegando ao rim, onde exerce sua ação.
     Nesses dois exemplos, a ação do medicamento não se dará no local de aplicação, a droga tem que ser transportada pela corrente sangüínea até o local onde irá agir.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM GERAL
        
       Lavar as mãos antes de iniciar o preparo da medicação;
       Preparar sobre a mesa ou balcão limpo e em área apropriada;
       Ler cuidadosamente o rótulo do frasco de medicamento (três vezes);
       Ler cuidadosamente a prescrição médica (PM);
       Evitar tocar no medicamento com as mãos;
       Jamais recolocar medicamentos líquidos nos frascos ou recipientes originais;
       Jamais tirar medicamentos de um recipiente sem rótulo ou sujo;
       Não deixar a bandeja com medicamento na unidade do paciente caso necessite deixar o local;
       Não administrar medicamentos que tenham sido preparados por outras pessoas;
       Não permitir que um paciente leve ou administre medicamentos a outros pacientes;
       Não sujar os frascos de medicamento que você está preparando;
       Não administrar medicamentos com data vencida;
       Não misturar medicamentos líquidos em uma mesma seringa, ao menos que se receba instrução para fazê-lo, pois poderá ocorrer uma reação química ao se adicionar um ao outro;
       Concentrar atenção no trabalho, evitando conversas;
       Fazer o preparo da bandeja de medicação, fazendo rótulo, que consta de: nome do cliente → nº do quarto e do leito → nome da medicação → dose da medicação → via de administração → horário da medicação; 
       Antes de administrar a medicação identifique o cliente chamando-o pelo nome;
       Não dê o medicamento se não tiver certeza de que é o paciente para o qual a medicação foi prescrita;
       Após a administração do medicamento, checar (passar um traço e rubricar) sobre o horário correspondente. Quando o medicamento não for dado por qualquer motivo, fazer um círculo no horário correspondente e a justificativa na anotação de enfermagem;
       Manter o posto de enfermagem em ordem.

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