Grande concentração do vírus da Aids nas secreções genitais foi relacionado a um maior risco de transmissão entre casais heterossexuais, de acordo com estudo norte-americano que será publicado na edição desta quinta, 7, da revista Science Translational Medicine.
O estudo ajuda a entender o mecanismo biológico a respeito da transmissão de pessoa para pessoa durante a relação sexual. Dados de dezenas de estudos e mais de 20 anos de pesquisa sobre o assunto também foram levados em consideração.
Os pesquisadores acreditam que seja possível desenvolver novos métodos de prevenção a partir dos dados coletados, uma vez que é possível avaliar os níveis de "infectividade" da pessoa.
O estudo contou com a colaboração de uma equipe internacional que trabalhou em sete países africanos: Botswana, Quênia, Ruanda, África do Sul, Tanzânia, Uganda and Zâmbia. Este é o maior estudo já feito sobre o HIV na região genital, 2.521 casais participaram da pesquisa. No início do estudo, um dos membros já tinha sido infectado enquanto o outro não apresentava sinais do vírus.
Os pesquisadores analisaram amostras da região cervical de 1.805 mulheres, incluindo 46 que transmitiram o HIV aos seus parceiros durante o estudo, e o sêmen de 716 homens, incluindo 32 que transmitiram o vírus para suas parceiras. Um estudo complementar confirmou que estas transmissões partiram dos participantes da pesquisa e não de terceiros.
O que os pesquisadores observaram é que quanto maior o nível de HIV nas secreções genitais, mais "infecciosa" é a pessoa. O risco crescia exponencialmente em uma escala logarítmica.
Fonte: estadão.com.br
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