domingo, 10 de abril de 2011

Epidemiologia


Epidemiologia
     Ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando as distribuições e fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção e controle, fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliações de ações de saúde.
Objetivos da epidemiologia
→ Identificar o agente causal ou fatores relacionados á causa dos agravos à saúde.
→ Entender a causa dos agravos à saúde.
→ Definir os modos de transmissão.
→ Definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos à saúde.
→ Identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças.
→ Estabelecer os métodos e estratégias  de controle de agravos à saúde.
→ Estabelecer medidas preventivas.
→ Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde.
→ Estabelecer medidas preventivas.
→ Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde.
→ Prover dados para administração e avaliação de serviços de saúde.
Caracteres Epidemiológicos
     Características relativas à pessoa, tempo e lugar que determinam a forma de apresentação das doenças na comunidade.
Distribuição Geográfica: ocorrência das doenças segundo ares ou regiões.
Distribuição Universal: gripe, hepatite.
Distribuição Rural: diarréias (saneamento).
Distribuição Urbana: sarampo (aglomeração).
Distribuição cronológica: ocorrência de doenças segundo:
→ Variações regulares (endemias).
→Variações irregulares em sua incidência (epidemia, surto endêmico, pandemia).
     Os fatores da estrutura epidemiológica, em constante alteração condicionam a adaptação evolutiva entre parasita e hospedeiro e consequentemente o nível de ocorrência de cada doença numa comunidade. Se adaptação normal o nível da ocorrência da doença se mantém na incidência habitual para aquela área no decurso do tempo, a isso chama-se endêmico ou endemia.
Distribuição segundo atributos da população
Idade, sexo, raça, profissão, etc.
Vigilância Epidemiológica (Vigilância em Saúde)
     Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou a prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos, bem como avaliação dessas medidas.
Objetivos da Vigilância Epidemiológica
→ Identificar novos problemas de Saúde Pública;
→ Detectar epidemias;
→ Documentar a disseminação de doenças;
→ Estimular a magnitude da morbidade e mortalidade causadas por determinados agravos;
→ Identificar fatores que envolvem a ocorrência de doenças;
→ Recomendar, com bases objetivas e científicas, as medidas necessárias para prevenir ou controlar a ocorrência de específicos agravos à saúde;
→ Avaliar o impacto de medidas de intervenções por meio da coleta e análise sistemática de informações relativas ao específico agravo;
→ Avaliar a adequação de tarefas e estratégias de medidas de intervenção, com base não só em dados epidemiológicos, mas também nas referentes à sua operação;
→ Revisar práticas antigas e atuais de sistema de vigilância com o objetivo de discutir prioridades em Saúde Pública e propor novos instrumentos metodológicos.
Fontes de Dados
     São necessários grande números de informações (relativos a morbidade, mortalidade, estrutura demográfica, estado imunitário e nutricional da população, situação sócio-econômica, saneamento ambiental) buscando conhecer, documentar e intervir de modo adequado junto ao problema.
Notificação de doenças
     Fonte de informação mais utilizada na maioria dos países.
     Embasados por leis e decretos que obrigam o médico e outros profissionais de saúde a notificar da maneira mais ágil possível às autoridades locais e estaduais de saúde.
→Doenças de notificação Compulsória em Território Nacional.
→ Doenças de Notificação compulsória no Estado de São Paulo.
→ Laboratórios: fonte indispensável não só para doenças infecciosas, mas para qualquer agravo diagnosticado exclusivamente por meio de análise laboratoriais.
→ Hospitais: fonte importante especialmente nas doenças nas quais o tratamento hospitalar é praticamente obrigatório.
→ Declaração de óbitos.
Estudos epidemiológicos: obtenção de dados adicionais junto a população ou aos serviços.
Imprensa/Comunidade.
Doença de Notificação Compulsória
      O Brasil tem uma nova lista de doenças de notificação compulsória. O Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Vigilância em Saúde, editou a Portaria nº 5, de 21 de fevereiro de 2006. A portaria define o grupo de doenças que precisam ser notificadas de forma imediata, pelo seu risco elevado de disseminação.
     A ocorrência de agravo inusitado, como a ocorrência de casos ou óbitos de doença de origem desconhecida ou alteração no padrão epidemiológico de doença conhecida, independente de constar das listas, deverá também ser notificada às autoridades sanitárias.
        A lista de doenças de notificação compulsória foi criada pela Lei Nº 6259 de 1975, que obriga os profissionais de saúde no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e privados de saúde e ensino, a comunicarem aos gestores do SUS a ocorrência dos casos suspeitos ou confirmados daquelas doenças.
      A notificação imediata deve ser efetuada até 24 horas a partir do momento da suspeita inicial. Ação essencial para o enfrentamento de emergências epidemiológicas, as notificações imediatas serão recebidas na esfera federal pelo Centro de informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), estrutura responsável por coordenar as ações de resposta necessárias. A notificação poderá ser feita via internet, por meio do correio eletrônico notifica@saude.gov.br, ou pelo Disque Notifica (0800-6446645), central telefônica que funcionará 24 horas.
Doenças de Notificação Compulsória
→ Botulismo
→ Carbúnculo ou Antraz
→ Cólera
→ Coqueluche
→ Dengue
→ Difteria
→ Doença de Creutzfeldt-Jacob
→ Doença de Chagas (casos agudos)
→ Doença Meningocócica e outras meningites
→ Esquistossomose (em área não endêmica)
→ Eventos Adversos Pós-Vacinação
→ Febre Amarela
Febre do Nilo Ocidental
Febre Maculosa
Febre Tifóide
→ Hanseníase
Hantaviroses
→ Hepatites Virais
→ Infecção pelo vírus da Imunodeficiência Adquirida Humana (HIV) em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical
→ Influenza Humana (H1N1)
→ Leishmaniose Tegumentar Americana
→ Leishmaniose Visceral
→ Leptospirose
→ Malária
→ Meningite por Haemophilus influenzae
Peste
→ Poliomielite
→ Paralisia Flácida Aguda
→ Raiva Humana
→ Rubéola
→ Sarampo
→ Sífilis Congênita
→ Sífilis em gestante
→ Síndrome da Rubéola Congênita
→ Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids)
→ Síndrome Febril Íctero-hemorrágica Aguda
→ Síndrome Respiratória Aguda Grave
→ Tétano
Tularemia
→ Tuberculose
Varíola
  
Doenças e Agravos de notificação imediata
 Caso suspeito ou confirmado de:
→ Botulismo
→ Carbúnculo ou Antraz
→ Cólera
→ Febre Amarela
→ Febre do Nilo Ocidental
→ Hantaviroses
→ Influenza Humana por novo subtipo (pandêmico)
→ Poliomielite
→ Paralisia Flácida Aguda
→ Raiva Humana
→ Sarampo, em indivíduo com história de viagem ao exterior nos últimos 30 (trinta) dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior
→ Síndrome Febril Íctero-hemorrágica Aguda
→ Síndrome Respiratória Aguda Grave
→ Varíola
→ Tularemia
 II. Caso confirmado de:
→ Tétano Neonatal
 III. Surto ou agregação de casos ou de óbitos por:
→ Agravos inusitados
→ Difteria
→ Doença de Chagas Aguda
→ Doença Meningocócica
→ Influenza Humana


Professora Selma






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