quarta-feira, 30 de março de 2011

Pombos ameaçam saúde do paulistano


A invasão de pombos nas áreas de alimentação, lanchonetes e bares da capital representam um risco para a saúde. Essas aves são responsáveis pela transmissão de pelo menos seis tipos de doença, a mais grave delas pode provocar sérias complicações neurológicas, pulmonares e até cegueira. Para constatar o problema, a reportagem do Jornal da Tarde visitou durante quatro dias sete locais da capital onde as aves costumam ser vistas.

Nas áreas de alimentação, lanchonetes e bares visitados havia pombos. Algumas faziam rasantes nas mesas. E também foram avistadas fezes das aves perto dos locais onde pessoas se alimentavam. Os locais visitados admitiram o problema, alguns enumeraram medidas que vêm tomando, mas nenhum deles conseguiu, efetivamente, eliminar o risco trazidos pelas aves.
Parte das visitas – como no Terminal Rodoviário do Tietê, na zona norte, e na lanchonete McDonald’s, da Avenida Domingos de Moraes, na Vila Mariana, zona sul – ocorreu na companhia da médica veterinária Tarcila Neves Lange, especialista em Vigilância Sanitária de Alimentos, mestre em Saúde Pública e doutoranda em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP). Ela também analisou, por foto feita no sábado pelo JT, a praça de alimentação do Playcenter, no bairro do Limão, zona norte.
Os demais locais vistoriados foram o Zoológico, na zona sul, a lanchonete McDonald’s da Avenida Pompeia, zona oeste, mesinhas de três bares e lanchonetes instaladas no calçadão do Largo Santa Cecília, centro, e em uma lanchonete no Largo Ana Rosa, na zona sul, também ocupando a calçada.
Os estabelecimentos visitados admitem o problema e alguns até já desenvolvem trabalhos para evitar a presença dos pombos.O McDonald’s da Avenida Nazaré, no Ipiranga, zona sul, por exemplo providenciou a colocação de telas na sua área externa. “Onde há comida, há pombos. Quanto mais alimentos recebem e encontram, mais eles procriam”, explicou Tarcila.
Santiago dos Anjos, garçom do Café do Largo, na Ana Rosa, disse que uma idosa costuma alimentar os pombos na praça e isso os atrai. “Se espantamos (os pombos), ela nos xinga”, contou. “Mas se não fizermos isso quem bronqueia são os clientes, pois os pombos voam por cima das mesas”, descreveu. Já o gerente do local, Oliver Magalhães, garante que os pombos sumiram e deu uma explicação inusitada: uma base da PM instalada no local deu jeito no problema. Segundo ele, a presença dos policiais intimidou as pessoas que alimentavam os animais.


Fonte: LUISA ALCALDE

Nenhum comentário:

Postar um comentário